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Divergência entre família e Secretaria da Saúde faz adolescente aguardar por leito psiquiátrico, em Caxias do Sul

O Conselho Tutelar da Região Norte de Caxias do Sul recebeu a ligação de uma mãe, pedindo ajuda para conseguir leito psiquiátrico. A filha é uma adolescente, de 16 anos, a qual já passou por todas as avaliações médicas e foi requisitado que ela entrasse em tratamento. Contudo, desde o dia 5 de agosto ela está na UPA Central em observação.

De acordo com o conselheiro Maurício Abel, a adolescente já tem histórico de direitos violados. Por conta destes problemas, ela buscou ajuda no Sistema Único de Saúde(SUS). Porém, ainda não conseguiu uma resposta concreta. Enquanto a adolescente aguarda o leito na UPA, segundo o conselheiro, a mãe está sentada ao lado dela em uma cadeira e não pode trabalhar.

Uma equipe do Conselho Tutelar foi até a UPA Central nessa quarta-feira (10) e participou de uma conversa com os diretores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Nesta reunião foi-lhes informado que o município passa por um problema para conseguir leitos a qualquer paciente. Mas neste caso em específico, eles haviam indicado que a adolescente fizesse tratamento em uma clínica particular, a qual o município tem convênio, entretanto a mãe teria recusado.

A mãe da adolescente, segundo o conselheiro Maurício Abel, repassou uma informação contrária. A mulher recebeu essa proposta há dois dias e aceitou a ida da filha, mas até o momento não ocorreu a transferência. Apesar da concordância, ela não gostaria que a filha fosse a esse local. De acordo com a genitora a filha já foi internada nesta referida clínica, porém, além de não ter um tratamento adequado (saiu de lá na mesma situação), a adolescente adquiriu um vício por cigarros.

Devido a falta de previsão de uma internação para a adolescente e a demora agravar o problema de saúde mental dela, o Conselho Tutelar Região Norte entrará com um pedido no Ministério Público.

A Secretaria Municipal de Saúde foi contatada por meio de sua assessoria. Por meio de nota, nos repassou a seguinte informação.

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que, no mesmo dia em que a paciente deu entrada na UPA Central, foi encaminhada internação em clínica conveniada, mas a transferência não foi aceita pela família. Também há leitos psiquiátricos no Hospital Geral (HG), mas momentaneamente não podem ser realizadas transferências em função de casos positivos de covid-19 nessa ala. Nesta quarta-feira (10/08) não há leitos livres na clínica conveniada. Enquanto isso, a paciente está sendo atendida na UPA Central.”

Paula Brunetto

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