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Dia do Motorista: “Ser caminhoneiro é uma profissão viciante”, diz profissional de Caxias do Sul

Neste dia 25 de julho, domingo, os profissionais do volante são homenageados. A data é comemorada devido a São Cristóvão, santo católico considerado o padroeiro dos motoristas no Brasil. Os primeiros condutores do país, surgiram no final do século XIX e ainda seguem sendo de extrema importância, para a escoação da produção e o desenvolvimento das regiões.

O senhor Sergio Antonio de Oliveira Pinto, é natural de Caxias do Sul mas mora em São Paulo. Ele é caminhoneiro a 19 anos, transportando cargas fracionadas num Ford Cargo de cor amarela. Atualmente, o transporte é agregado a uma empresa que faz uma linha de Caxias do Sul a Belo Horizonte.

O começo da paixão pelo volante, segundo Oliveira foi após acompanhar um colega em uma viagem, a partir daí comprou o próprio caminhão e ingressou nas estradas. Ao longo dos anos, o motorista percebeu que as dificuldades aumentaram.

“Hoje tá mais complicado, as principais dificuldades são pontos de parada, desrespeito, banho você tem que pagar  para tomar banho, ou você tem que abastecer ou não pode dormir naquele local”.

Oliveira comentou que ele faz os seus horários, por isso, nunca envolveu-se em situações como uso de entorpecentes para fazer viagens longas. “Eu sempre trabalhei com caminhão e nunca precisei usar droga, eu mesmo trabalhando com câmara fria, que tem um prazo menor de entrega, eu nunca usei, o teu horário é tu que faz, eu falo com o empregador primeiro e delimito meus horários, se ele quer ótimo, se não por mim tudo bem”.

A linha atual que ele faz de Caxias do Sul a Belo Horizonte, dura em média 30 horas, destas a seguradora do caminhão exige que o motorista fique parado seis horas. Caso contrário a penalidade é ficar sem seguro no dia seguinte. Atualmente, por morar no meio do caminho, em São Paulo, ele consegue visitar a família e matar a saudade.

Neste percurso, destacando principalmente o Rio Grande do Sul, o profissional criticou as condições das estradas. Segundo ele os buracos e a falta de manutenção prejudicam muito o tráfego de veículos. Além dos custos financeiros na manutenção, diesel, custo de descarga dos produtos e valores dos pedágios.

Sergio Antonio de Oliveira Pinto já tentou parar de dirigir e trabalhar em outra profissão, porém não conseguiu, “isso é viciante”, resumiu o caminhoneiro.

Fotos: Isa Severo / Grupo RSCOM

Paula Brunetto

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