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Depois de sua condenação, Bolsonaro aponta temor por eleições de 2026

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), concedeu uma espécie de entrevista coletiva improvisada momentos depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria para torná-lo inelegível. Nas palavras do ex-presidente, foi “uma facada nas costas” ao ser condenado pela Corte.

A declaração foi dada nesta sexta-feira (30), em Belo Horizonte. “Respeitei a Constituição, trabalhei dentro das quatro linhas. Parece que esse esforço todo não teve esse valor reconhecido. […] Não gostaria de me tornar inelegível”, disse Bolsonaro. “Há pouco tempo, levei uma facada na barriga. Hoje, levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder político”, continuou o ex-presidente.

Questionado pelos jornalistas, o ex-presidente disse que vai conversar com seus advogados e verificar opções viáveis. “Eu vou conversar com os advogados. Vou ver o que o advogado tem a dizer sobre”, prosseguiu. O ex-chefe do Executivo também analisou o cenário político do país, dizendo que a oposição a Lula em 2026 ainda não existe.

Em seguida, ele ironizou o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chamou de “grande democrata”. “O caminho está bastante avançado para uma ditadura. Eleições sem confronto não é democracia. Quem seria oposição para o atual mandatário que está aí em 2026? No momento, ainda não tem nome. Pode ser que apareça, mas não tem nome. Seria quase um W.O. ou poderiam, por aclamação, lá no TSE”, ironizou Bolsonaro.

Em outro momento, Bolsonaro voltou a dizer que não houve corrupção durante seus quatro anos de governo e relembrou que o TSE chegou a proibir até a realização das tradicionais transmissões ao vivo, que eram feitas semanalmente às quintas-feiras. “Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político. Acredito que esse tenha sido meu crime, um crime sem corrupção” aponta.

O julgamento que tornou Bolsonaro inelegível começou na semana passada. O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou pela inelegibilidade do ex-chefe do Executivo, sendo acompanhado por Floriano de Azevedo, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

Por outro lado, os ministros Raul Araújo e Nunes Marques se posicionaram contra a decisão. Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em razão da reunião com embaixadores realizada no dia 18 de julho de 2022. Na ocasião, o ex-mandatário reuniu chefes de missões diplomáticas e listou supostas falhas de segurança no sistema eleitoral brasileiro.

Dentre os questionamentos sobre as urnas citados pelo ex-presidente, estão o ataque hacker ao sistema da Corte e o convite feito pelo então presidente do TSE para observadores internacionais acompanharem o pleito, dizendo não saber o que viriam fazer no país.

Jonathan Zanotto

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