Denarc apreende quase R$ 1 milhão em dinheiro de facção criminosa em São Leopoldo

Quase R$ 1 milhão em dinheiro da facção criminosa que atua no Vale do Rio dos Sinos foi apreendido pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil em São Leopoldo. A operação Valorem foi desencadeada na noite dessa segunda-feira no bairro Campestre, após 30 dias de investigação. Um suspeito foi preso.

Houve a contabilização de R$ 824 mil oriundo do tráfico de drogas, distribuído principalmente em notas de 100 e de 50 reais. Os maços de dinheiro estavam em baldes. “Com certeza vendem isso no mês”, afirmou na manhã desta terça-feira o delegado Gabriel Borges, responsável pelo trabalho investigativo.

A ação resultou ainda no recolhimento de cerca de 13 quilos de cocaína, 10 quilos de crack e três pistolas calibre nove milímetros com carregadores e munições, além de três balanças de precisão, um telefone celular e uma máquina de contar cédulas, entre outros materiais. Um Ford Fiesta e um Renault Logan também foram apreendidos.

A investigação começou após o recebimento de denúncias de que um homem era responsável por fornecer excesso de drogas no Vale do Rio dos Sinos e arrecadar o valor da venda desses entorpecentes. “Com o monitoramento do suspeito foi possível constatar que ele utilizava dois imóveis para a prática criminosa”, observou o delegado Gabriel Borges.

O individuo foi abordado ao deixar um dos locais com um dos veículos. Ele carregava um quilo de cocaína no carro. No imóvel, os agentes localizaram uma das três armas de fogo e mais munição. Já no segundo imóvel, os policiais civis depararam-se com um laboratório de produção de entorpecentes, com balanças, liquidificador, bacias e prensa hidráulica, além das armas restantes.

No local havia também 12 quilos de cocaína e dez quilos de crack, bem como mais duas armas e todo o dinheiro que demorou mais de cinco horas para ser contado. “Esse valor de quase R$ 1 milhão indica a forte vinculação com a organização criminosa que atua na região”, disse o delegado Gabriel Borges, enfatizando que a ação atacou “o patrimônio do crime organizado, sendo uma das principais diretrizes do Denarc”.

O diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, ressaltou que o órgão policial tem “como prioridade combater e enfraquecer as organizações criminosas, retirando de sua posse drogas, armas e grande quantidade de valores em espécie”. Por sua vez, o diretor-geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, destacou que “trata-se da maior apreensão de valores em espécie do departamento, indo ao encontro do foco de descapitalizar as organizações criminosas”.

Fonte: Correio do Povo