Delegado explica que ocorrência em Farroupilha não foi cárcere privado

Um reviravolta marcou a ocorrência registrada na manhã desta terça-feira (21) em Farroupilha. O que se desenhava como um caso de cárcere privado foi desmentido após o depoimentos dos envolvidos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento.

Conforme o delegado Éderson Bilhan, de fato as duas mulheres, mãe e filha, de 40 e 25 anos, que são naturais de São José do Rio Preto, em São Paulo, trabalham com investimentos em bolsa de valores, os chamados trades financeiros.

E os moradores de Farroupilha, um casal de 70 e 60 anos, e a filha deles, de 37 anos, residentes em um apartamento localizado na Rua Itacir Raimundo Zatti, no bairro Primeiro de Maio, seriam pessoas que investiram dinheiro no negócio.

Ocorre que, os moradores da Serra perderam os valores e após muita negociação com as paulistas, houve um consenso entre as partes de que elas iriam vir até Farroupilha e trabalhar, novamente com investimentos, até que fosse recuperado e devolvido o valor as pessoas que perderam dinheiro, no caso, os moradores de Farroupilha, que supervisionariam o trabalho.

Com o registro dos familiares das duas mulheres, em São Paulo, de que haveria um cárcere privado em andamento, houve uma mobilização das forças de segurança de Farroupilha, como a Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Samu e Resgate Voluntário.

Houve inclusive o acionamento do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) de Porto Alegre, que invadiu o apartamento por volta das 8h, para resgatas as supostas sequestradas.

Computadores foram apreendidos e irão auxiliar nas investigações. Há informações de que as mulheres respondem por outros crimes de estelionato em outros estados.

Todos os envolvidos foram encaminhados para a Delegacia para as devidas explicações. Ninguém foi preso.