Foto: Rafael Jorge / Grupo RSCom
A faixa estendida em frente ao hotel Vinocap de Bento Gonçalves, já mostra a recepção calorosa que os atletas da 24ª edição da Surdolímpiadas receberam do povo bento-gonçalvense. Ao todo, são 13 seleções participantes hospedadas no hotel da cidade, entre elas, está a delegação brasileira.
A competição ocorre pela primeira vez na América Latina, e é sediada pela cidade de Caxias do Sul, com Farroupilha de subsede, mas é em Bento Gonçalves, que atletas de países como: Turquia, Índia, Kuwait, Suécia, Lituânia, Japão, Uzbequistão, Armênia, Equador, Paquistão, Senegal, Quirquistão e Brasil descansam, mas a delegação brasileira, é a mais procurada.
Para facilitar a comunicação entre surdo-atletas e ouvintes, a CDBS enviou Gabriela Couto, a intérprete da delegação, ela traduz as expectativas e as conquistas de atletas, como a do judoca Rômulo Crispim de 20 anos, de Rondônia, que ganhou a primeira medalha para o Brasil nessa 24ª competição.
A medalha de bronze foi referente a categoria -66 kg do judô masculino, e esta, não é só a primeira medalha da delegação, também é a primeira da carreira de Rômulo em uma Surdolímpiadas, “Essa medalha é muito importante para mim, me traz muita visibilidade, no momento foi inesperada, mesmo sendo de terceiro lugar, competi com atletas de alto nível, e é a primeira medalha do Brasil nessa Surdolímpiada“, explica Rômulo através da intérprete.
Atualmente o atleta mora no Rio de Janeiro, devido aos treinos do judô, e estranhou um pouco o frio da serra “Eu vim de um lugar muito quente, moro atualmente em outro lugar quente, realmente não estou acostumado com o frio, ele pode atrapalhar se você não estiver aquecido, eu costumo começar só depois de estar com o corpo quente, e por isso ele não chega a me atrapalhar, mas a minha mão fica gelada o tempo todo” finaliza o judoca.
Outra atleta da delegação brasileira, a goleira da seleção feminina de futebol, Fernanda Falkevicz de 23 anos, já está familiarizada com o “friozinho” da serra gaúcha, ela nasceu em Farroupilha, e costuma surpreender o público em meio à comunidade surda, tanto que dispensou o uso de intérprete para a entrevista.
A goleira da seleção brasileira não tem a mesma dificuldade que a maioria dos seus colegas de surdolímpiada, isso porque Fernanda fala, faz leitura labial, e escuta um pouco com o uso do aparelho auditivo, mas ela explica que ouvir e falar não é algo fácil entre a comunidade surda, “Eu uso aparelho auditivo, e durante 12 anos de sessões de fonoaudiologia, consegui estimular a voz, isso desde criança, porque todo surdo consegue falar, e só não fala porque não tem o estímulo, e com isso vamos aprendendo a entender as pessoas, e desenvolvendo a leitura labial. Eu necessariamente não consigo ouvir, mas consigo entender o que estão falando, através da leitura labial”. explica a goleira, que faz parte da seleção feminina de futebol à sete anos.
Sobre o futebol, Fernanda espera trazer a medalha pra casa, pois a seleção ainda está competindo a fase de grupos, “Nós vamos fazer de tudo pra ganhar medalha, já jogamos dois jogos, faltam outros dois, mas é um esquema bem difícil, pois temos de ficar entre os dois melhores na fase de grupos pra disputar a final” comenta a atleta da seleção feminina que até o momento, tem uma vitória de 8×1 contra o Quênia, e uma derrota de 4×0 sofrida no jogo contra a seleção dos Estados Unidos.
De acordo com a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), a equipe do Brasil, está em sua 7ª participação no torneio, e esta, é a sua maior delegação da história, com 325 integrantes, sendo 199 atletas (110 homens e 89 mulheres) e 126 membros da comissão técnica.
A Surdolímpiadas iniciou no último domingo (1º) e se estende até o dia 15 de maio, e conta com a participação de mais de 4 mil competidores de 77 países, e é considerado o terceiro maior evento multiesportivo do mundo.
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