Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil
As internações de bebês menores de um ano por pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) atingiram um recorde histórico em 2023, conforme levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) da Fiocruz. O estudo revelou 153 mil internações no último ano, uma média de 419 por dia, representando um aumento de 24% em relação ao ano anterior e o maior número registrado nos últimos 15 anos.
O levantamento destaca que o SUS desembolsou R$ 154 milhões em 2023 para tratar os bebês internados, cerca de R$ 53 milhões a mais que em 2019, ano pré-pandêmico. A análise por região mostrou que Sul e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de internação no último ano, influenciadas pelo frio intenso e queimadas associadas ao clima seco, respectivamente.
Segundo Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância, as mudanças climáticas e a baixa cobertura vacinal infantil são as principais hipóteses para o aumento das internações.
“A redução na vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de Covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves”, explica.
Ele reforça a importância de manter a caderneta de vacinação de bebês e crianças atualizada e que as gestantes estejam com as vacinas em dia.
Boccolini também destaca a importância de incorporar a Vacina VSR (Vírus Sincicial Respiratório), já aprovada pela Anvisa, no calendário do SUS. Os dados de internação utilizados no estudo foram obtidos no Sistema de Internações Hospitalares do SUS e os dados de nascimento foram extraídos do Sistema Nacional de Nascidos Vivos entre 2008 e 2023.
O Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) é uma iniciativa de divulgação científica para informar a sociedade sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos dos sistemas nacionais de informação. As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e na Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (FMP/Unifase), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.
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