(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/divulgação)
Com alta de 0,24%, o custo da cesta básica atingiu R$ 1.401,11 em Caxias do Sul no mês de outubro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul. O valor corresponde a uma elevação de R$ 3,31, superior à variação verificada em setembro, de R$ 3,78. No nono mês do ano, a cesta custava R$ 1.397,81.
O encarecimento tem relação, segundo o estudo, com a variação nos preços dos produtos de alimentação. Dos 47 produtos que compõem a cesta básica, 18 aumentaram de preço, 26 tiveram redução e três permaneceram com os mesmos preços.
Os cinco produtos que mais contribuíram para o aumento foram a cebola, a laranja, a batata inglesa, a coxa de frango e a alface. Já os produtos destacados pela redução foram o feijão preto, a banana, o presunto, o agnoline e o absorvente externo.
O professor e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômica e Social da UCS, Mosár Leandro Ness, chama o efeito de “realinhamento dos preços”.
“É tradicional nessa época do ano a gente sofrer o início de alguma entre safra e, portanto, sazonalmente, os preços acabam se elevando nesse período para alguns alimentos. Entre eles a cebola, que a nossa safra termina e precisamos importar. Outro item que sofreu uma alta, que contribuiu com a elevação dos preços, foi a alface. A alface sofreu um choque de oferta, já que com as chuvas reticentes ocorreu, então, uma quebra na safra, de uma maneira geral. A demanda, então, se manteve, e automaticamente os preços subiram.”, explica o especialista.
O levantamento abrangeu uma amostra de 436 famílias, com renda mensal de um a 30 salários mínimos. Os preços são coletados na última semana de cada mês, considerando os locais de compra e as marcas de produtos mais indicadas pelas famílias entrevistadas.
Em outubro de 2022 o custo total da cesta era de R$ 1.295,07, contra os R$ 1.401,11 atuais, um aumento de R$ 106,04. Ou seja, em doze meses, houve elevação de 8,19% acumulado, que resultou em uma média mensal de 0,658%, de acordo com o IPES. Ainda neste recorte, os produtos alimentares acumulam um aumento de 9,92%. Já os produtos não alimentares apresentaram um crescimento de 0,041% no mesmo período.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) indica uma elevação de 0,16% nos preços no mês de outubro de 2023, contra uma alta de 0,04% do mês anterior. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos doze meses alcançou 4,72%, correspondendo a um aumento médio mensal no período de 0,38%. Esse resultado é inferior ao do mês de setembro, que registrou um índice acumulado de 5,05%.
Conforme a pesquisa, do total de 320 subitens que compõem a estrutura do IPC, 108 aumentaram de preços. Por outro lado, 129 tiveram seus preços reduzidos e 83 permaneceram com seus preços inalterados.
Para 2024, o professor projeta que os consumidores podem ser beneficiados por uma inflação menor.
“Esperamos que, na próxima sexta, a gente já tenha até uma leve deflação, muito provavelmente porque a política de juros altos do Banco Central vem dando resultado, está freando a inflação. E isso vai chegar também na mesa dos consumidores. À medida que o tempo vai passando, nós vamos tendo incrementos de alta cada vez menores. Então, esperamos que 2024 traga com ele uma inflação menor”, avalia Mosár Ness.
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