(Foto: João Victor Gomes dos Santos/Arquivo pessoal)
Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma prótese de bambu barata para pessoas amputadas abaixo do joelho, que perderam a perna. O responsável é João Victor Gomes dos Santos, doutor em Design pela Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design da Unesp (Universidade Estadual Paulista). João disse que chegou na “Protebam” para fornecer um dispositivo que transformasse a vida de pessoas e, ao mesmo tempo, fosse acessível.
“Ela não foi pensada para competir com os demais produtos. Estamos focando no nicho de pessoas que passaram por uma amputação e, uma vez reabilitadas, precisam voltar a trabalhar, mas tem essa necessidade dificultada pelo acesso demorado e caro às próteses”, explicou.
A tecnologia é composta de três componentes, o pé, o cilindro e o encaixe. O pé e o cilindro foram produzidos a partir de fibra de bambu laminada e colados com resina de mamona.
A fibra é toda modelada, até que adquira um formato cilíndrico que representa a cenal, ou adaptada para simular o pé.
A escolha do bambu não foi à toa. Além de ser uma opção mais em conta, o material apresenta propriedades mecânicas similares a outro material caro usado em próteses: a fibra de carbono.
Além disso, o caule da planta é biodegradável, de fácil descarte.
“O bambu é um material muito versátil. Possui excelentes características físicas e mecânicas, com ótima resistência à tração, flexão e compressão. Esses traços viabilizaram seu uso no desenvolvimento da prótese”, disse o professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Unesp e orientador do designer, Marco Antonio dos Reis Pereira.
Outro ponto positivo: não é tóxico: “O comportamento de leveza e resistência é muito semelhante ao da fibra de carbono. Porém, uma diferença importante é que o composto produzido com a fibra de bambu e a resina não é tóxico, ao contrário do de fibra de carbono e resina como epóxi”.
Durante o mestrado, João se debruçou para testar a avaliação mecânica do dispositivo. Já no doutorado, a meta foi começar os testes com humanos. Foram desenvolvidas três próteses, usadas por três diferentes voluntários amputados abaixo do joelho.
Os resultados foram muito positivos e mesmo depois do fim do período de testes, os participantes voluntariamente optaram por continuar utilizando as próteses.
Com os testes mecânicos, João identificou que a durabilidade da Protebam é de um ano.
“Como a prótese levou o equivalente a três anos para apresentar algum defeito, considera-se que sua durabilidade é de um ano”, explicou. Para a identificação, o período de tempo transcorrido até que a prótese quebra é dividido por três.
E não é apenas construir uma prótese. É ajudar na inclusão. “A prótese deve apresentar um design que faça com que o usuário sinta-se integrado à sociedade de inovação e consumo”, disse Luis Carlos Paschoarelli, orientador de doutorado de João e professor do Departamento de Design da Unesp.
A função do dispositivo criado não é para substituir próteses que já existem no mercado, mas funcionar como um produto de transição e fácil acesso.
O custo para produzir a Protebam girou em torno de R$ 600,00, diferentemente de produtos já comercializados que chegam a R$ 5 mil. “O objetivo final é produzir a Protebam em larga escala para atender o mercado local, nacional e, quem sabe, internacional”, disse João.
Fonte: Unesp e Portal Só Notícia Boa
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