Considerado um mês instável, setembro registra leve queda nas vendas do comércio de Caxias do Sul

Considerado um mês instável nas comercializações em função da ausência de datas comemorativas, setembro apresentou uma pequena retração no comércio caxiense, em relação a agosto. A queda foi de 1,18% em comparação ao mês anterior e de 7,96% frente ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o desempenho negativo no varejo caxiense, pelo oitavo mês consecutivo o município obteve saldo positivo nas vagas de empregos, com a criação de 567 novos postos de trabalho.

Os números do Termômetro de Vendas foram divulgados na tarde desta quinta-feira (11) pela CDL Caxias do Sul, em coletiva de imprensa junto à Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias).

De acordo com o levantamento realizado pelo Núcleo de Informações de Mercado da CDL Caxias, o desempenho em setembro costuma apresentar variações ano a ano em função da falta de datas com maior apelo para o comércio. Outro índice apontado pelo estudo é a estabilidade de inadimplentes (-0,10%) na comparação com agosto, e uma redução de 5,96% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Os bons números quanto a geração de empregos e a estabilidade com relação à inadimplência são alguns dos sinais de que os próximos meses tendem a ser animadores para o comércio de Caxias do Sul. Os varejistas estão buscando reduzir os efeitos negativos da pandemia ainda neste ano e temos percebido uma maior confiança e até mesmo um retorno ao mercado consumidor de pessoas, que estão pouco a pouco quitando suas dívidas”, acredita o assessor de economia e estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness.

O gerente Administrativo Financeiro da entidade, Carlos Alberto Cervieri, reforça o otimismo manifestado pelo economista, mesmo com os números negativos apresentados em setembro. Segundo ele, tanto as pesquisas de intenção de compras como os levantamentos que mostram como foi o real desempenho nas datas-chaves para o comércio têm apurado índices superiores ao ano passado.

“O que nos faz acreditar que o último trimestre será de recuperação é a própria movimentação no comércio, tanto de rua como nos shoppings e centros comerciais. Outro ponto que deve contribuir para uma melhora na economia é a retomada mais consolidada dos eventos, que refletem no incremento na comercialização de peças de vestuários, de joias, perfumes e diversos outros segmentos associados às comemorações”, projeta Cervieri.

Desempenhos negativos nos diferentes segmentos

Em relação ao desempenho dos setores do varejo caxiense, tanto o rumo duro como o ramo mole apresentam queda no mês de setembro.

No ramo duro, a variação entre setembro e agosto de 2021 registrou um recuo de 0,39%. Entretanto, o desempenho ficou positivo para os setores de Óticas, Joalherias e Relojoarias, com 0,11%; e Implementos Agrícolas, com 7,52%. Os resultados negativos ficaram para os segmentos de Informática e Telefonia, com -7,41%; Automóveis, Caminhões e Autopeças novos, com -0,30%; Material de Construção, com -9,11%; Materiais Elétricos, com -5,76%; e Eletrodomésticos, Móveis e Bazar, com -7,60%.

No ramo mole, a variação entre setembro e agosto de 2021 foi de -4,46%, contra -1,98% do mês anterior. Em setembro, o desempenho ficou negativo para todos os segmentos, sendo Produtos Químicos, com -4,24%; Vestuário, Calçados e Tecidos, com -3,77%; Farmácias, com -6,58%; e Livraria, Papelaria e Brinquedos, com -3,25%.