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Conselho de Povos de Matriz Africana de Bento Gonçalves tem novo presidente

Com o desafio de construir uma mudança nas questões de respeito à diversidade, o conselheiro e coordenador do Movimento Negro Raízes, Marcus Flávio Dutra Ribeiro, assume o cargo de presidente do Conselho Municipal de Povos Tradicionais de Matriz Africana de Bento Gonçalves. Ele substitui Carlos Gorga, do Centro de Umbanda Caboclo Pena Dourada. Também fazem parte do conselho Anahí Cardoso Miranda, do CEU Oxum, como nova secretária geral do colegiado. O secretário municipal de Cultura, Evandro Soares, continua como vice-presidente do Conselho.

O novo presidente assume a missão de dar continuidade ao trabalho realizado no Conselho, promovendo o seu desenvolvimento integral e ações voltadas às questões de respeito à diversidade, em especial a religiosa. Em entrevista ao Grupo RSCOM, Marcus Flávio ressaltou que este é um colegiado que busca, entre outros objetivos, a visibilidade, o respeito e a tolerância, pois sua essência e o seu objetivo envolvem as questões do povo de religião de matriz africana.

“Quanto às ações que consideramos importantes e primordiais do conselho é retirar o povo de matriz africana do invisível, da intolerância, abrangendo um contexto amplo na luta contra o racismo religioso, inclusive com viés legislativo. Muitas vezes nossos locais de atuação, os chamados terreiros, são abordados por órgãos reguladores, devido a denúncias. Isso ocorre por falta de informação e conhecimento cultural, além do racismo religioso em si. Então, precisamos ter esse foco da elucidação através da cultura, pois o sagrado religioso de matriz africana, é tão sagrado quanto outro qualquer”, explica.

O Conselho de Povos de Matriz Africana de Bento Gonçalves foi criado em 2018, com a participação do próprio Movimento Negro Raízes na sua consolidação. Este conselho tem o trato específico que envolve religiões de matriz africana. Segundo o novo presidente, a instauração do conselho foi um marco histórico e os trabalhos seguem com grandes desafios.

“Para nós é um marco histórico, pois estamos falando de uma região de predominância cultural italiana, onde esse tema que envolve as religiões de matriz africada sempre desperta, infelizmente, preconceito e intolerância, o chamado racismo religioso. Entendo que o conselho tem papel fundamental nessa construção, nesse contexto de repeito ao diverso, do não ao preconceito e ao racismo, do não à intolerância nas mais diversas formas”, complementa Marcus.

Confira a entrevista completa com Marcus Flávio Dutra Ribeiro, presidente do Conselho de Povos de Matriz Africana de Bento Gonçalves:

Patricia Larentis

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