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Conselho da Petrobras dá aval para reajuste de 10% no óleo diesel

Uma reunião convocada de última hora nesta quinta-feira, dia 16, no feriado de Corpus Christi, pegou de surpresa membros do Conselho de Administração da Petrobras e todo o alto escalão da estatal. O encontro inicialmente era previsto para o dia 29, mas a convocação extraordinária feita pelo presidente do Conselho, Márcio Weber, antecipou a agenda para discutir preços de combustíveis. Entre as definições, o aval para aumento do diesel. O produto deverá superar 10% de reajuste na refinaria e o anúncio oficial pode ser feito na sexta-feira, embora o governo tivesse pedido que a direção segurasse o aumento.

A única forma de evitar o aumento, segundo a diretoria, seria uma concessão de subsídio do governo para o produto. Do contrário, a defasagem em relação ao mercado internacional faria com que o importador tivesse prejuízos ao comprar o diesel lá fora. Entidades já preveem falta do produto por causa desse desequilíbrio. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), associação do setor, vê defasagem de 18% e, portanto, os 10% calculados ainda não seriam suficientes.

Durante a semana o presidente Jair Bolsonaro já vinha ressaltando que a Petrobras estaria preparando novo aumento. Ele também admitiu dificuldades para fazer mudanças no comando da estatal. “Eu não tenho ‘comandamento’ sobre a Petrobras. Não interessa quanto seja (o aumento), já está um absurdo o preço dos combustíveis na refinaria”, havia dito. Outra reunião já tinha sido realizada na segunda-feira entre emissários do governo e diretoria da Petrobras também para discutir preços.

O governo teme que um reajuste anule esforços quanto ao projeto aprovado no Congresso que limita o teto do ICMS em 17% para combustíveis, energia, transporte e comunicação. Bolsonaro é crítico da política adotada pela Petrobras, que estabelece a paridade internacional, o que faz com que o valor acompanhe a cotação internacional do petróleo.

Para o Brasil a referência é o Brent, de Londres, o mais caro. O impasse quanto a reajustes tem provocado crises na companhia e troca de presidentes. José Coelho, por exemplo, estava há 40 dias no cargo quando o governo anunciou o nome de Caio Andrade. A mudança, porém, pode levar 60 dias por causa de regras internas.

Fonte: Correio do Povo

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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