Como utilizar as plataformas de currículos para encontrar o emprego ou candidato ideal

Segundo Marcelo Treff, especialista em gestão de carreira e professor de Gestão de Pessoas na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), a questão fundamental entre candidatos e vagas reside no uso inadequado das plataformas de inteligência artificial, tanto por parte dos candidatos quanto dos anunciantes das oportunidades.

“Muitos candidatos não definem claramente seus objetivos profissionais ao criar perfis em plataformas, além de não alinharem suas experiências profissionais com as vagas desejadas. Isso resulta em falhas na correspondência com o emprego desejado, já que as plataformas de análise de currículos buscam perfis atualizados e alinhados com o perfil desejado”, explica o especialista.

Treff destaca que as plataformas funcionam conforme o esperado, com algoritmos em constante aprimoramento e ampliação da busca, até mesmo integrando conexões com outras redes sociais dos candidatos. No entanto, ressalta que os algoritmos necessitam de ajustes contínuos, especialmente para mitigar os efeitos negativos de preconceitos inconscientes.

O professor universitário acredita que os processos seletivos via plataformas tendem a se expandir, mas enfatiza a importância das empresas mesclarem métodos de seleção online e presencial sempre que possível.

“As plataformas agilizaram o processo de busca de perfis e aumentaram a precisão, especialmente com o significativo aumento de seu uso desde o início da pandemia de COVID-19”, acrescenta Treff.

Para utilizar as plataformas de forma eficiente:

• Para recrutadores: definir claramente o perfil da vaga, tornando-o atrativo; utilizar palavras-chave no anúncio; e familiarizar-se com as estratégias das plataformas.
• Para candidatos: manter o currículo digital atualizado; definir os objetivos profissionais de maneira clara e concisa; conhecer as estratégias certas das plataformas; alinhar interesses conforme o perfil da vaga; manter um comportamento equilibrado nas redes sociais, evitando posições polêmicas; e investir em programas de qualificação ou requalificação para potencializar as experiências.