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Começa em Janeiro de 2022 a cobrança gradual do ICMS sobre os fertilizantes

Os fertilizantes atingiram um dos mais altos preços da história e contribuíram para aumento no custo de produção do setor agropecuário. E é justamente nesse momento delicado do mercado que os impostos vão aumentar. A partir de janeiro de 2022, haverá cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os fertilizantes. A decisão foi tomada em março, quando regras do Convênio-100 foram atualizadas, e o benefício fiscal foi extinto. Em menos de um meses, o insumo passará a ser tributado com aumento gradual das alíquotas do ICMS.

A partir de janeiro, haverá cobrança de 1%, seja ele interestadual ou doméstico. Em 2023, vai subir para 2%, em 2024, para 3%. E em 2025, para 4%. Para evitar mais custos, o coordenador do núcleo econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, afirma que uma estratégia é antecipar o recebimento da mercadoria.

“O produtor que quiser antecipar sua compra para fugir da mudança tributária a partir de janeiro, é importante que ele faça a compra e o recebimento ainda neste ano, porque o ICMS incide sobre a circulação de mercadoria. Se ele comprar hoje e a mercadoria for entregue no ano que vem, haverá a incidência tributária“, explicou.

A CNA reconhece que a estratégia de antecipar o recebimento para não haver incidência tributária é difícil devido à escassez de produto, alta de preços e piora na relação de troca entre grãos e insumos. De toda forma, é uma alternativa que está sendo considerada por alguns agricultores. A confederação questionou o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) sobre a existência de modelos de devolução de crédito para reduzir a cumulatividade do ICMS.

“Trata-se de um tributo não cumulativo, determinado assim pela Constituição Federal. Quem comprou, tem direito ao crédito. Débito e crédito é a modalidade do tributo. Hoje, estamos fazendo aquisição com isenção de ICMS, e não tem crédito. A partir de 2022, virá. A CNA questionou o Confaz: se a Constituição determina que o ICMS não é cumulativo, como o Confaz, através das Secretarias de Fazenda, devolverá o crédito para os produtores a partir de 2022? O Confaz respondeu, por meio de ofício, que devem ser procuradas as secretarias estaduais”, disse Conchon.

O foco das federações da agricultura e de produtores rurais agora é tentar viabilizar um modelo que garanta o crédito do ICMS. Ainda há muito para avançar no tema. Até lá, agricultores tentam encontrar alternativas para reduzir o custo de produção que já está 30% mais alto do que na safra anterior. Os desafios aumentaram e as formas de tratá-los precisarão, também, evoluir. Além de acertar na compra, na venda é importante estar atento aos tributos.

* Com informações da Jovem Pan

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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