Loja estaria fechada em Caxias desde o feriadão de Natal (Foto: Ricardo Augusto de Souza)
O sonho de estudar fora do país, conhecer novas culturas e línguas, cativa uma grande parcela da população brasileira. Intercâmbios em países como Estados Unidos, Canadá e Irlanda, por exemplo, têm cada vez mais público e empresas que fazem o meio de campo para facilitar a vida de quem quer viajar.
Porém, em Caxias do Sul, uma dezena de clientes está vivendo um pesadelo. Uma empresa do ramo, a TAW Intercâmbios, está sendo denunciada por irregularidades e, contra ela, registrados boletins de ocorrência por estelionato.
Um dos casos é o do caxiense Marcelo Becker. Em março deste ano, ele contratou um intercâmbio para ficar na cidade de Limerick, na Irlanda. O custo do curso e das acomodações, com os devidos seguros, foi de R$ 8,470 mil, mais as passagens aéreas ao preço de R$ 3,720 mil. Porém, pouco antes do embarque, marcado para 6 de novembro, Becker conseguiu a cidadania italiana.
Por conta disso, ele resolveu desistir do intercâmbio e procurou a empresa para o ressarcimento. A TAW deveria devolver a ele R$ 5,920 mil do curso (70%) e R$ 2,3 mil das passagens aéreas (66%). De lá pra cá, segundo ele, os responsáveis sumiram sem pagar nada.
“Eles estavam me enrolando, dizendo que a escola da Irlanda ainda não havia depositado. De repente, eles disseram que houve o depósito e me mandaram uma imagem de uma transferência bancária que foi e voltou. Foram me enrolando até dia 24 de dezembro. Ali, eles acabaram com as redes sociais da empresa, bloquearam os números de telefone, os perfis das funcionárias do Facebook, limparam a loja física em Caxias e sumiram”, relata.
Mas Becker não foi o único a ser lesado. Outras pessoas estão procurando a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e registrando boletins de ocorrência por estelionato. Além disso, foram ao Procon para buscar os seus direitos como consumidores. As vítimas possuem um grupo de whatsapp que já conta com mais de 70 participantes de todo o Brasil, todos com algo em comum: negócios malfeitos com a empresa de intercâmbio.
Em alguns casos, segundo as denúncias, houve a perda de até R$ 25 mil. As escolas que deveriam ser contratadas, na maioria, nem sabiam da existência do aluno. Outras receberam a pré-matrícula, mas os valores não foram repassados pela empresa. Becker acredita que tudo foi premeditado.
“Eles mandaram um e-mail comunicando aos envolvidos que estão vinculados a eles de alguma forma, que a empresa está enfrentando sérios problemas financeiros, quer dizer falência, mas isso é só para despistar as investigações”, conclui.
A reportagem procurou os representantes da TAW Intercâmbios. A loja física em Caxias do Sul (BR-116, bairro Lourdes) estava fechada nesta quarta-feira, dia 27. Através da grade da porta, se percebe que não há mais nada no interior do estabelecimento. Testemunhas disseram que, após o final de semana de Natal, ninguém mais foi visto no local. Assim como a mobília teria sido retirada nos últimos dias.
Os telefones para contato, disponíveis no site www.tawintercambios.com.br não estão em funcionamento. Em Caxias do Sul, apenas chamam. Em São Paulo, na sede localizada na cidade de São Carlos, uma mensagem eletrônica informa que não é possível completar o telefonema.
A Polícia Civil vai investigar o caso.
Procon alerta
Inúmeros consumidores procuraram o Procon Caxias do Sul nesta quarta-feira, dia 27, para apresentar denúncia contra a empresa TAW Intercâmbios (nome fantasia) ou Viagem pelo Mundo Intercâmbios e Viagens Ltda. (razão social). Conforme relatos, a empresa teria cessado suas atividades deixando pendentes vários pacotes de intercâmbio contratados e pagos, lesando os consumidores.
Nesse caso, o Procon Caxias do Sul orienta as pessoas prejudicadas a registrarem um Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia Civil. Com as cópias do B.O., documentos pessoais e os fornecidos pela empresa, os consumidores devem comparecer ao Procon e, depois, no Juizado Especial Cível (JEC) para ajuizamento da ação judicial.
“As tentativas frustradas de contato da fiscalização com a empresa corroboram as informações dos consumidores lesados, que devem comparecer no Procon para registro de denúncia e posterior remessa à Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (DEIC), em Porto Alegre. O objetivo é a investigação e a possível responsabilização. Além disso, solicitaremos auxílio do Procon do Município de São Carlos, em São Paulo, sede da fornecedora, para que localize os possíveis responsáveis”, afirma o coordenador do Procon caxiense, Luiz Fernando Del Rio Horn.
Mais informações, dúvidas, orientações e reclamações podem ser acessadas no Portal do Procon Caxias do Sul, em www.caxias.rs.gov.br/procon/ ou pelo telefone 151. O atendimento presencial é realizado na rua Visconde de Pelotas, número 449, de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h, sem fechar ao meio-dia.
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