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Cidades do baixo Uruguai preparam-se para a terceira cheia dos últimos três meses

O final de semana causou transtornos à população ribeirinha das cidades banhadas pelo rio Uruguai. Em Iraí, há 188 casas atingidas pelas águas do rio. Uma família abrigou-se na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora e as demais em parentes, amigos e entorno. De acordo com Michele Larentis, subcoordenadora da Defesa Civil, o serviço está apelando por kits de higiene e limpeza. Nas cidades de Itapiranga, Alto Uruguai e Porto Mauá, houve recuo, enquanto em Porto Lucena, Garruchos, São Borja, Itaqui e Uruguaiana, o viés é de alta.

Na Fronteira-Oeste, apesar do crescimento do rio em toda a linha, há relatos dando conta que famílias retornaram às casas sem acionar a Defesa Civil ou apoio da Infraestrutura e agora estão sendo obrigados a deixar novamente a moradia. Em Garruchos, o nível está em 18,06 metros, 3 metros acima da cota de inundação , subindo e alimentando a linha do baixo Uruguai.

Em São Borja, o rio mede 13,01 m (cota de inundação 9 m), voltando a crescer em média 5cm/h. Agora são 620 pessoas afetadas, de 154 famílias fora de casa. Os 50 desabrigados estão sendo atendidos em seis locais montados pelas autoridades e há ainda aqueles que estão em barracas por medo de saques. Os 570 desalojados estão em parentes e amigos. Com as últimas chuvas torrenciais reforçou-se a orientação de que os ribeirinhos fiquem fora de casa, salienta Moacir Tiecher, coordenador municipal da Defesa Civil.

“Muitas famílias que haviam retornado para as moradias solicitaram, mais uma vez, para serem realocadas em abrigos ou parentes. Estima-se que as águas possam alcançar os 14 m. Em Itaqui o rio marca 10,12 m (cota de inundação de 8,30 m), em elevação contínua. Conforme relatório são as mesmas 1.139 pessoas atingidas, dividindo-se em 96 casas volantes que foram mais de uma vez remanejadas no último mês e 304 moradias fixas alagadas ou em situação de risco. São 105 pessoas assistidas no Ginásio Castelo Branco e nas Escolas Otávio Silveira e Vicente Solés.

A balsa entre Itaqui e Alvear na Argentina permanece fora de serviço há 40 dias, a segunda interrupção em dois meses. A Defesa Civil, em reunião, definiu as ações voltadas à cheia e apelou para que evitem que as casas sejam alagadas sem um aviso prévio às autoridades. Argentinos moradores ou que trabalhem em Itaqui, para votar no domingo, foram obrigados a fazer a volta por São Borja ou Uruguaiana. Em Uruguaiana, o rio mede 9,73 m, (cota de inundação 8,50 m), crescendo. A tarde foi quente e ensolarada sem impedir o transtorno aos desalojados e desabrigados.

O prefeito Ronnie Mello insistiu para que as pessoas permaneçam fora das casas atingidas e reforçou que até a quarta-feira as águas deverão manter o crescimento no município. Em Barra do Quaraí, divisa com o Uruguai, o rio Quaraí mede 8,24 m – em declínio. Abaixo da cota de cheia 8,50 m. As 18 famílias desalojadas e duas desabrigadas assistidas pelo município iniciaram o retorno às casas. Ao todo são 59 pessoas afetadas.

* Com informações do Correio do Povo

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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