Caxias do Sul foi o município da Serra que mais abriu postos de trabalho em outubro

Foi divulgada na última semana pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul a carta do mês de outubro do Mercado Formal de Trabalho.

O documento mostra que, durante o mês de outubro, foram abertos 253,1 mil empregos formais no Brasil, sendo a maior parte das contratações nos Serviços. Já o Rio Grande do Sul criou 19,5 mil postos de trabalho, grande parte no Comércio.

Na Serra Gaúcha, Caxias do Sul foi o município que mais abriu postos de trabalho no mês, com 920 vagas criadas, sendo a maior parte na Indústria. Vacaria, Canela, Torres e Bento Gonçalves completaram o posto das cinco cidades que mais geraram oportunidades de trabalho no mês.

Apesar do desempenho positivo da região, São Sebastião do Caí foi o único município que registrou saldo negativo, com 35 empregos fechados, sendo a maioria na Indústria.

De acordo com a Coordenadora do Observatório do Trabalho da UCS, Lodonha Maria Portela Coimbra Soares, a expectativa para os próximos meses é positiva, porém, ela ressalta que a economia não é uma ciência exata, mas sim uma ciência social, e que ela retrata a realidade da sociedade.

“Então nós sabemos que o desemprego ainda está alto, a taxa de desemprego e o número de desempregados no Brasil ainda é elevado, nós temos também um aumento no índice de desemprego mais informal, a informalidade chega a mais de 40% no Brasil, em Caxias do Sul chega a 35%, é um número elevado. Temos também o aumento da taxa de desempregos porque muitos estavam desalentados”, explica.

A especialista ressalta que, de acordo com as estatísticas, uma pessoa só é considerada desempregada quando procura emprego no último mês. Após passar um mês sem enviar currículos, a pessoa passa a ser considerada desocupada.

“Essa taxa de desocupação estava muito elevada, por isso que aumentou a taxa de desemprego, porque quando a economia começou a melhorar, principalmente aqui na região, as empresas, os setores começaram a contratar, mais pessoas começaram a buscar, a levar o seu currículo, e isso aumenta a taxa de desemprego”, complementa.

Ela ainda afirma que o avanço da vacinação e o controle dos índices do covid-19 auxiliam na retomada econômica.

Os dados da Carta são extraídos da base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia (ME).