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Cavalos resgatados em abatedouro clandestino são atendidos no centro veterinário da UCS

Os seis equídeos (quatro éguas, um cavalo e uma jumenta), resgatados de abatedouro clandestino em Forqueta, encontrados pela equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na operação Hipo, que seriam abatidos para serem transformados em hambúrgueres, recebem cuidados veterinários na Clínica de Grandes Animais da UCS. O trabalho conta com o envolvimento de professores, médicos veterinários, funcionários e alunos.

Desde que chegaram na estrutura da Universidade, na última sexta-feira (26/11), debilitados – magros, com lesões físicas e emocionalmente fragilizados, conforme explica o professor Leandro do Monte Ribas, coordenador do curso de Medicina Veterinária e da Clínica Veterinária da UCS, os equídeos passaram por exames clínicos e complementares para atestado de sanidade.

Já foram administradas vacinas e atestados resultados negativos para importantes doenças da espécie – como anemia infecciosa equina e mormo, de notificação obrigatória e de risco à equideocultura. “A jumenta apresenta sérias lesões podais e necessitará de maior atenção médica. Por isso, e pelo apego dos alunos a ela, será adotada pela UCS e fará parte do nosso plantel”, conta Leandro. Dois dos equídeos passarão por cirurgia plástica e um será castrado.

“Ainda, devido ao trauma psicológico, a equipe da CVET, em especial os alunos em serviço voluntário, supervisionados pela Médica Veterinária residente, fizeram trabalho de acolhimento, com base no carinho e atenção aos animais, e readaptação ao contato humano.”

O monitoramento segue e, livres de doenças, serão manejados mais intensivamente, com passeios e rotina normal à espécie. A partir daí, serão liberados para as adoções – os animais são de responsabilidade das ONGs Proteção Animal Caxias (PAC) e SOAMA, que obtiveram sua guarda.

Compromisso Social

A partir de parcerias com ONGs, desde 2016, o curso de Medicina Veterinária presta assistência à saúde de equinos, bovinos e ovinos em vulnerabilidade, abandonados e, muitas vezes, em situação de maus tratos. “Entendemos que a responsabilidade social faz parte da profissão e da formação do aluno. O ensino e a prestação de serviço em Medicina Veterinária são indissociáveis, ainda mais em uma Universidade comunitária como a UCS”, pontua Ribas.

Em casos como o em questão, manejo e mão de obra nos procedimentos e cuidado com os animais são ofertados pela Clínica de Grandes Animais da Instituição, enquanto os responsáveis pelos animais (ONGs, Prefeituras) custeiam, na maioria das vezes, alimentação, exames externos à UCS e medicamentos de maior investimento. Para o restante das necessidades, é utilizada a cota de aula, considerando a inserção nas atividades de ensino do curso.

Agora, após a recuperação, os animais serão encaminhados para os adotantes que já foram selecionados selecionados pelas ONGs de Caxias do Sul.

Luiza Fim

Curiosa pelo mundo e apaixonada em comunicar. Vieses e cotidianos caxienses.

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