Foto: Juliano Verardi / DICOM / TJRS
Na manhã desta quinta-feira (25), teve início no Foro da Comarca de Charqueadas o júri popular do décimo e último acusado envolvido na morte de Ronei Faleiro Júnior, ocorrido em dezembro de 2015. Rafael Trindade de Almeida responde pelo homicídio triplamente qualificado de Ronei Júnior e pelas tentativas de homicídio contra outras três pessoas: o pai de Ronei Júnior, Ronei Wilson Faleiro, e os amigos Francielle Wienke e Richard Saraiva de Almeida.
Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro, pai da vítima, foi o primeiro a depor, descrevendo detalhadamente a tragédia que culminou na morte de seu filho. Ele relatou o momento do ataque, a tentativa de fuga e a corrida para o hospital, destacando a angústia de perder o filho: “São 8 anos, 11 meses e 24 dias sem ele, se deixar, conto até as horas e os minutos”.
Francielle Wienke, amiga de Ronei Júnior, foi a segunda testemunha a depor. Ela descreveu o momento em que sentiu o perigo iminente e tentou fugir com Richard e Ronei Júnior. Francielle relembrou com emoção os momentos de terror e a tentativa de defender-se e proteger os amigos.
Richard Saraiva de Almeida, testemunha ouvida de forma virtual, também detalhou a violência do ataque, mencionando a tentativa desesperada de proteger Ronei Júnior durante a confusão.
Delegado de Polícia Rodrigo Machado Reis declarou que este foi um dos casos mais graves ocorridos em Charqueadas, lembrando que mais de 40 pessoas foram ouvidas durante a investigação. Ele mencionou que os envolvidos, conhecidos como Bonde da Aba Reta, eram notórios na cidade por participarem de brigas e ameaças em eventos.
Geyson Reis Avila, segurança do Clube Tiradentes, prestou depoimento virtual e relatou ter presenciado a briga, mas enfatizou a dificuldade de recordar todos os detalhes devido ao tempo passado desde o ocorrido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os acusados, que tinham entre 18 e 21 anos na época, formavam o “Bonde da Aba Reta” e participaram de uma festa no Clube Tiradentes. Ronei Wilson foi buscar seu filho, Ronei Júnior, por volta das 5h da manhã. Na saída, as vítimas foram atacadas com garrafas, chutes e socos por outros jovens. Ronei Júnior foi gravemente ferido e, apesar dos esforços para socorrê-lo, não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Vídeos e áudios dos acusados foram anexados ao processo, mostrando a brutalidade do ataque. O motivo alegado para a violência foi o fato de Richard, amigo de Ronei Júnior, ser de São Jerônimo, cidade vizinha a Charqueadas.
Dos nove acusados já julgados, um foi absolvido em recurso, seis estão presos, um está foragido e outro aguarda decisão final. Os processos envolvendo menores de idade tramitam em segredo de justiça.
O julgamento de Rafael Trindade de Almeida representa a última etapa do processo de responsabilização pelos crimes cometidos naquela noite trágica. As testemunhas e evidências apresentadas reforçam a gravidade dos atos e a dor das famílias afetadas.
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