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Caso Miguel: mãe mantém silêncio e madrasta presta depoimento à Justiça

Durante dois dias, na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), 25 testemunhas do Caso Miguel foram ouvidas pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal e do Júri de Tramandaí, e pelo promotor de Justiça André Luiz Tarouco Pinto.

A primeira audiência do processo também teve a participação das duas rés, a mãe do menino e sua companheira, que estão presas preventivamente e respondem pelos crime de homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver.

A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, se recusou a dar seu depoimento e foi retirada da sala. Ela já não havia participado do reconstituição do crime realizada na noite de 08 novembro pelo Instituto-Geral de Perícias. A mulher aparentou nervosismo durante vários momentos da audiência.

Já a madrasta Bruna Nathiele Porto Rosa responsabilizou, novamente, a mãe pela morte do garoto. No depoimento, na tarde desta sexta, no Fórum de Tramandaí, ela detalhou sua versão sobre o que aconteceu no dia em que a criança foi morta, em 27 de julho, em Imbé.

Bruna contou sobre as torturas que o menino sofria desde antes do dia da sua morte. “Ainda me dói saber que ele está morto” disse a ré chorando.

O promotor a questionou sobre porque não conteve o comportamento violento que relatou que a companheira tinha com Miguel. Ela respondeu que estava sendo ameaçada. O representante do Ministério Público insistiu perguntando então se ela estaria mais preocupada com a própria integridade física do que com a vida da criança e a mulher alegou que “ela sabia exatamente como me controlar”.

O promotor leu uma série de mensagens de Bruna enviadas para a cunhada nas quais ela afirma que o menino estaria estragando o seu relacionamento com Yasmin e que ela não aguentava mais. As mensagens foram enviadas dois dias antes da morte do menino. Bruna alegou não lembrar das mensagens.

Em outra troca de mensagens há o nome de uma terceira pessoa. Na conversa com Yasmin, Bruna escreveu: “Tudo bem amor? O Miguel se soltou daí o Lorenzo prendeu de novo e deu comida para ele, ele mandou ti dizer pra ti prender mais forte daí, daí eu tomei café”. E Yasmin respondeu; “O Lorenzo já apareceu?”, respondida com “Já amor”. Ao ser questionada, mais de uma vez, sobre quem era Lorenzo, Bruna afirmou não saber.

A madrasta se recusou a responder as próximas questões, tendo seu interrogatório interrompido.

A defesa da mãe do menino pediu o afastamento do juiz Gilberto Pinto da Fontoura após ele se emocionar ao ouvir os relatos sobre morte de Miguel. O magistrado, no entanto, negou estar sendo imparcial na condução do processo e segue à frente do caso.

A versão da madrasta

No depoimento, Bruna Nathiele Porto da Rosa, disse que, antes do almoço, Yasmin, a mãe de Miguel, o agrediu e o empurrou contra a parede do quarto em uma pousada em Imbé, onde elas moravam com criança. Segundo ela, em seguida, Yasmin bateu a cabeça do menino em um equipamento do banheiro e o colocou dentro de um armário sem prestar qualquer tipo de socorro.

A ré relatou ainda que, durante a tarde, foram chamadas pessoas para o conserto do equipamento, e antes delas chegarem o menino foi trancado em um poço de luz para não ser visto pois estava machucado. Ela também disse que, após o serviço de conserto, levaram a criança de volta para o armário. Afirmou que Yasmin falou que iria ve-lo e saiu do quarto onde ele estava falando que havia morrido.

Bruna contou mais uma vez que a mãe de Miguel colocou o corpo da criança em uma mala e elas foram até o Rio Tramandaí, onde afirma que o corpo foi jogado. A madrasta relatou que a bolsa foi colocada em uma lixeira e elas voltaram para a pousada.

O caso

Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, vivia com a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e com a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o garoto foi morto, no fim de julho, pelo casal, após ser torturado, e seu corpo colocado dentro de uma mala de viagem e jogado no Rio Tramandaí. O motivo seria que o menino atrapalhava o relacionamento delas.

Na noite de 29 de julhos, os bombeiros iniciaram as buscas ao corpo que duraram 48 dias, mas até hoje não foi localizado.

Informações: Litoral na Rede

Luiza Fim

Curiosa pelo mundo e apaixonada em comunicar. Vieses e cotidianos caxienses.

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