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Casa de acolhimento recebeu 30 pessoas LGBTQIA+ neste ano, em Caxias do Sul

A Organização Não Governamental (ONG) Construindo Igualdade prestou contas na tribuna da Câmara Municipal de Caxias do Sul, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (14). A representante Cleo Araújo, que é suplente de vereadora em Caxias do Sul, resgatou a história da instituição e expôs os números de acolhimento em 2022. Ela lembrou que o grupo foi criado em 2003 e tem como intuito acolher a comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero) do município e da região.

Casa de acolhimento

Além disso, foi criada a casa de acolhimento, que é a única da região sul do país, tem como missão combater qualquer tipo de desigualdade, descriminação ou violência contra os direitos humanos. O espaço que ampara a comunidade foi inaugurado em 2021, denominado “Casa de Acolhimento Construindo Igualdade”, e está localizada na Rua Miguel Muratore, nº 427, no bairro Medianeira.

A Casa conta ainda com apoio do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG) e da Faculdade Anhanguera e com parcerias para o atendimento psicológico e jurídico da comunidade LGBT+. Em 2021, entre maio e dezembro, Cleo informou que 36 pessoas passaram pela local, já em 2022, esse número é de 30 pessoas.

“Nós tivemos que diminuir nossa capacidade, por causa do risco de quase fechar o nosso espaço”, pontuou ela. A representante ainda reforçou que é necessária a criação de uma lei que ampare os lugares de acolhimento, para que esses possam fazer um bom trabalho.

A suplente reforçou ainda que o custo de manutenção do espaço é de R$ 4 mil, arrecadados entre doações e recursos próprios. O valor é dividido entre o aluguel do imóvel e contas fixas mensais (água, luz e internet), além da compra de alimentos e melhorias na estrutura.

Projetos desenvolvidos pela ONG

Os projetos desenvolvidos pela ONG são: preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), cursos terapêuticos, brechós beneficentes e Marcha pela visibilidade Trans, conhecida como “Bloco Arco-íris”. Para os futuros projetos, Cleo comunicou que o grupo quer desenvolver parcerias público-privadas, espaços de acolhimento para mulheres e ambulatório para pessoas transexuais.

Sobre as conquistas mais recentes, a representante lembrou da lei, proposta pelo vereador Lucas Caregnato/PT, que declara de utilidade pública a ONG, sancionada em julho de 2022. Para breve, ela informou que deverão ser implementados dois projetos: a Fábrica de Ideias e a Casa Mãe Joana (em Farroupilha). Ambos voltam-se a estimular a autonomia, a profissionalização e a independência feminina.

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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