Carreata reúne mais de 600 veículos contra instalação de pedágio, em Farroupilha

O município de Farroupilha reuniu na tarde deste sábado (26) mais de 600 veículos durante carreata em protesto contra a instalação de uma praça de pedágio no município.

A convocação do ato foi feita pelo próprio prefeito Fabiano Feltrin, após o governo do Rio Grande do Sul apresentar na última semana um plano de concessão que citava a construção de uma praça de pedágio no Km 50 da ERS-122, entre Farroupilha e São Vendelino, com uma tarifa que poderia chegar em R$ 7,27. A ação contou com o apoio de diversas entidades da cidade como o Sindilojas, Sindigêneros, CDL, OAB e das Associações dos Bairros.

Entre buzinaços e faixas com os dizeres “Aqui em Farroupilha: pedágio não!”, a manifestação foi realizada de forma pacífica, tendo como ponto de partida a prefeitura, com ida até o antigo posto de pedágio, entre Farroupilha e Caxias do Sul, onde hoje está instalado o Batalhão Rodoviário da Brigada Militar.

Em entrevista à reportagem do Grupo RSCOM, Feltrin diz que é preciso lembrar que no pedágio que já existiu na cidade, não houve o retorno em ampliação e duplicação das estradas. Ele acredita que dentre as cidades do Estado, Farroupilha não merece receber uma nova praça. O chefe do executivo salienta que este é o momento para que a população mostre seu descontentamento com a possível praça.

Na sexta-feira (25), durante coletiva de imprensa em visita à Serra Gaúcha, questionado sobre a carreata contra a praça de pedágio, o governador Eduardo Leite disse respeitar a manifestação, já que as concessões estão na fase das consultas públicas, para que a população dê a sua opinião sobre os locais, melhorias e valores das praças de pedágio que fazem parte do pacote. No entanto, ele lembrou  que o Estado não está conseguindo manter as rodovias em condições de trafegabilidade.

Leite disse que as cidades não podem ter “falsas expectativas” de que o Estado será reposta para tudo com recursos do tesouro. Segundo ele, a demanda é muito maior do que a capacidade do Governo e que a única saída é a concessão. Confira.