A startup chinesa Betavolt Technology anunciou na segunda-feira (8) que está desenvolvendo uma bateria nuclear que pode ser usada por 50 anos com apenas uma carga. O modelo é o primeiro do mundo a realizar a miniaturização da energia atômica, de acordo com a Betavolt.
O componente é composto por isótopos de níquel-63, que emitem partículas beta ao se decompor. Essas partículas são capturadas por uma camada de diamante, que as converte em eletricidade. O processo é semelhante ao utilizado em reatores nucleares, mas em escala muito menor.
A bateria nuclear da Betavolt mede 15 mm x 15 mm x 15 mm e tem 3 volts. Ela é capaz de fornecer 100 microwatts de eletricidade, o suficiente para alimentar dispositivos como relógios, sensores e até mesmo pequenos eletrodomésticos.
A empresa pretende aumentar a capacidade da bateria para 1 watt nos próximos dois anos. Esse aumento permitirá o uso da bateria em dispositivos mais potentes, como celulares e drones, fazendo com que eles nunca precisem ser recarregados. É o fim dos carregadores por cabo e wireless.
Além da portabilidade e da longa duração, a bateria nuclear da Betavolt também é segura e ecológica. Ela não emite radiação externa e não explode, mesmo se for submetida a impactos fortes. Além disso, ela pode funcionar em temperaturas extremas, de -60ºC a 120ºC.
A bateria nuclear da Betavolt tem o potencial de revolucionar a forma como usamos energia. Ela pode eliminar a necessidade de recargas frequentes e abrir caminho para o desenvolvimento de dispositivos mais eficientes e sustentáveis.