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Baixa do Guaíba expõe lixo na orla e amplia o trabalho de garis em Porto Alegre

Ainda em trajetória oscilante, o nível do Guaíba na manhã desta terça-feira estava em 68 centímetros na régua do Cais Mauá, o maior até o momento desde o último dia 29 de dezembro. Contudo, tanto quanto a própria baixa do lago em Porto Alegre, chama a atenção dos frequentadores a quantidade de lixo disposto no local acumulado ao longo do tempo, principalmente no trecho mais próximo à área central.

Conforme o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), há 14 garis realizando a limpeza de toda a orla, mesmo número do que o habitual, bem como caminhões em circulação duas vezes por semana. A estiagem, de acordo com a assessoria de Comunicação do órgão, tem feito com que haja mais trabalho para os profissionais, que em períodos normais retiram de oito a dez toneladas de resíduos deste trecho junto ao Guaíba.

Parte deste volume é de material retido no lodo, mas o órgão explica que o profissional da limpeza não entra diretamente nos locais baixos em razão da seca, mas sim, aguarda alguns dias até que a área seque e o solo fique mais firme. De maneira geral, o DMLU divide a orla de Porto Alegre em três trechos, dos quais o primeiro, do Gasômetro até o Pontal, é o que apresenta mais concentração de resíduos.

O segundo, até o bairro Serraria, e o terceiro, deste ponto até o extremo sul, dadas suas características geográficas, não costumam receber lixo, e inclusive com frequência são considerados próprios para banho. A alta concentração de itens, principalmente plásticos, como embalagens e garrafas PET, contamina o meio ambiente e preocupa quem frequenta a área, enquanto pássaros, a exemplo de quero-queros e garças, revoam na área e tentam buscar abrigo e alimento em meio a sujeira.

Além da poluição, a baixa do Guaíba também vem criando bancos de areia que reaparecem do fundo, em meio a galhos e outros materiais orgânicos que flutuam na água cada vez mais escassa. Na véspera do Natal de 2022, o nível do lago alcançou o valor mais baixo nos últimos seis meses, pelo menos, atingindo somente 3 centímetros. O valor normal, conforme a média histórica do mês de janeiro, segundo a MetSul Meteorologia, é de 47 centímetros.

Foto: Correio do Povo

Rafaela Grandi

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