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Autoridades debatem ações para diminuição de assaltos a ônibus em Caxias

A reunião ente Brigada Militar (BM), Visate, Polícia Civil e Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários na manhã desta terça-feira, dia 31, demonstrou as ações que estão sendo tomadas pelos órgãos de segurança para diminuir o número de assaltos a ônibus em Caxias do Sul. Até hoje, foram registrados 284 roubos em coletivos, sendo que 55,63% dos crimes foram cometidos na zona norte da cidade.

Brigada Militar, Polícia Civil, Sindicato dos Rodoviários e Visate estiveram reunidos nesta manhã (Foto: Maicon Rech)

Outro dado apresentado pela Visate e que chama a atenção é que em 37,6% dos casos, os criminosos utilizaram revólveres e em 8,1%, pistolas. O uso de armas de fogo, na maioria dos ataques dos bandidos, é um dos fatores que preocupa às autoridades.

De acordo com o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12°BPM), capitão Márcio Leandro, a polícia vem fazendo um trabalho ostensivo e, em ações na última quinzena de outubro, diminuiu a onda de assaltos a menos da metade.

“Este delito do assalto a transporte coletivo se pulverizou, são várias pessoas fazendo, o que dificulta a identificação. Mas, nós da BM e a Polícia Civil estamos trabalhando fortemente nisto, trocando informação para reduzir isso. No início do ano lançamos a patrulha transporte seguro que houve redução. Agora, em outubro, lançamos a contraofensiva aos ataques a ônibus visando a redução do delito e já trouxe resultados, mostrou sua eficácia e sua eficiência. Nós estamos tendo, agora, menos de um roubo por dia. Existem as denúncias, as informações e isso é muito forte. Nos propicia muitas vezes, de forma preventiva, verificar alguns locais e abordar alguns indivíduos. Estas abordagens são uma forma preventiva de evitar o delito”, ressalta o capitão.

Município não enviou representantes (Foto: Maicon Rech)

O índice de roubos, que já supera em mais de 60% o registrado no mesmo período do ano passado, faz com que vítimas destes crimes se afastem do trabalho. Segundo Anderson Castilhos, gerente operacional da Visate, a legislação vigente não auxilia no combate aos roubos.

“O nosso intuito maior é preservar a vida do nosso funcionário. Ele é o bem maior da empresa. A gente vem tomando algumas ações internamente, com tratamento com psicólogas na empresa e com o contato direto com a Brigada Militar e Polícia Civil para tentar identificar e prender estes meliantes. Claro, a gente sabe que a lei não ampara muito. Hoje se prende, amanhã o meliante está solto e assaltando de novo. Nós temos câmeras espalhadas pela cidade e nas EPIs. Dentro dos ônibus, nós estamos trabalhando de forma mais acanhada por questão da tarifa não ter saído. Se tivesse saído, nós teríamos colocado câmeras dentro de todos os ônibus da empresa”, diz Castilhos.

O presidente do sindicato dos rodoviários, Tacimer Kullmann da Silva, lamenta o fato do município não ter enviado nenhum represente para a reunião. Foram convidados o secretário de trânsito, transportes e mobilidade, Cristiano de Abreu Soares e o secretário de segurança pública, José Francisco Mallmann. Conforme Silva, a BM e a Polícia Civil fazem um bom trabalho na identificação e repressão aos envolvidos nestes delitos.

“A gente fica triste de ter mandado um convite, feito protocolo nas secretarias e não compareceram pra nossa reunião. Tínhamos vários assuntos a serem debatidos que interessavam ao município. Se a secretaria de transporte existe, ela tem que estar preocupada com a população que está sendo transportada nestes coletivos e sendo assaltada. Se eles não estão interessados, não sei o que estão fazendo aí. O papel da BM e da Polícia Civil é muito importante e acredito que eles fazem um bom trabalho. Mas, como se diz: para o judiciário, é um pequeno roubo. Dizem que não existe risco à população, mas, com certeza, existe. Isso preocupa a gente”, salienta Kullmann.

Dos 284 assaltos, 14 foram solucionados pelos órgãos de segurança. O dado, apresentado pela Visate, representa taxa de 4,93% de crimes onde os responsáveis foram identificados, presos ou reconhecidos por vítimas.

Relação de crimes por região, datas e armas

Horários em que os crimes são cometidos, em média 

Comparativo entre 2016 e 2017

Maicon Rech

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