Após reajuste da Petrobras, preço da gasolina chega aos R$ 6,39 na Serra Gaúcha

Mais uma vez os gaúchos viram os preços subindo nas bombas de gasolina de todo o RS. Desde o início de 2021, o preço da gasolina já subiu 51%, preocupando a população que ainda sofre as consequências da pandemia da covid-19.

O aumento dos valores é reflexo do reajuste estipulado pela Petrobras no último dia 12. O valor médio do litro da gasolina na refinaria subiu de R$ 2,69 para R$ 2,78, uma alta de 3,3%. Duas semanas depois, os impactos seguem sendo sentidos nos postos de gasolina.

Na Serra Gaúcha, o valor mais alto encontrado até o momento foi R$ 6,39, no município de Flores da Cunha. Nas demais cidades da região os preços não baixam dos R$ 6,14, valor encontrado em Garibaldi.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a cidade de Bagé, na Região da Campanha, tem o combustível mais caro do estado, atingindo a média de R$ 7,084. No início desta semana, alguns postos do município vendiam o litro da gasolina a R$ 7,18. O valor é o 2º maior do Brasil, ficando atrás apenas de Porto Nacional, no Tocantins, onde a gasolina está sendo vendida a R$ 7,36 o litro.

No início deste ano, o valor da gasolina em Bagé era de R$ 5,59, ou seja, em oito meses, o aumento foi de cerca de R$ 1,60.

Entenda o aumento

Além da cotação nas refinarias, os preços nos postos dependem de fatores como a adição obrigatória de biocombustíveis e margens de distribuição e revenda.

De acordo com o presidente do Sindipetro, Eduardo Martins, os principais fatores para o aumento dos valores são a cotação do dólar, o monopólio da Petrobras e os altos impostos cobrados pelos estados.

“O RS, por exemplo, se cobrasse 25% de ICMS e não 30%, como acontece, se cobrasse 25% como cobra SC, a gente teria um consumo muito mais barato. O nosso ICMS é o terceiro mais caro do Brasil”, explica. “Por exemplo, enquanto o ICMS do RS é R$ 1,84 por litro, em SC é R$ 1,26. Então dá uma diferença de praticamente R$ 0,50 por litro de diferença entre o RS e SC.”

Ainda de acordo com Eduardo, uma das possíveis soluções para a queda dos valores do RS é a reforma tributária da União. Se o governo federal determinar uma cobrança fixa para todos os estados, não haveriam acréscimos exagerados. Atualmente, cada estado é responsável pela sua tributação.

Valores registrados em postos na Serra Gaúcha:

Fotos: Grupo RSCOM