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Após achar restos mortais, PF investiga causa e possível mandante das execuções de Dom e Bruno

Após encontrar os restos mortais nos locais onde buscavam o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, no Vale do Javari, no Amazonas, a Polícia Federal se concentra agora em descobrir a dinâmica do crime. Embora os investigadores já tenham indícios de que a ação pode envolver pesca e caça ilegal, não se descarta a possibilidade de existir um mandante.

Dois pescadores confessaram ter matado os dois. As diligências, que até agora se concentravam nas buscas, passam a focar na autoria e motivação do crime. Os exames periciais nos restos mortais devem ser realizados em até sete dias, e os laudos têm previsão de resultado para a próxima semana.

Em seus depoimentos, os pescadores Osoney da Costa e Amarildo dos Santos confessaram que atuaram nas mortes e na ocultação dos cadáveres. Alegam que Dom e Bruno chegaram em um momento em que eles pescavam em local irregular.
No entanto, as afirmações não convenceram os investigadores, que procuram outros elementos de prova e avaliam o eventual envolvimento do narcotráfico. A região fica perto da divisa com o Peru e tem forte atuação de organizações criminosas especializadas no tráfico de drogas.

A dupla desapareceu após deixar o município de São Gabriel com destino a cidade de Atalia do Norte. A viagem, que deveria durar cerca de duas horas, não foi concluída e, assim que notaram que havia algo de errado, indígenas da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari enviaram a primeira equipe de buscas.

Perseguição

Uma testemunha ouvida sob a condição de anonimato pela Polícia Federal relatou ter visto uma lancha onde estava Dom e Bruno passando pelo Rio Taquaí. Em seguida, de acordo com o depoimento que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), outra embarcação, que levava Amarildo dos Santos, passou em alta velocidade em direção aos profissionais.

Para os investigadores, a declaração aponta que a intenção de matar as vítimas pode ser bem anterior ao momento dos homicídios e ter sido planejada, ao contrário do que alegam os suspeitos em depoimento.

Fonte: Correio do Povo

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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