Fotos: Paula Brunetto / Grupo RSCOM
Mesmo durante a pandemia, alunos da Escola Estadual Técnica Caxias Do Sul (EETCS) não deixaram as pesquisas de lado e realizaram um trabalho escolar merecedor de prêmios. O reconhecimento veio, primeiramente dentro da escola, com elogios dos professores e colegas. Posteriormente, a nível regional, possibilitando a participação na Febrace.
Os alunos Rafaella Carra Basso, Bruno Alex Gomes de Oliveira e Vitória Durand Rebelo, do 2º ano conquistaram o 1º lugar na X Mostra IFTEC. O trabalho vencedor é denominado Os Estigmas Associados a Doação de Pele no Brasil.
A aluna Rafaella explica no que consiste o projeto. Segundo ela, a ideia surgiu quando a mãe, que é manicure, atendia uma aluna de medicina e as três discutiam assuntos variados. Até que surgiu a fala de doações de pele. Assim, os alunos definiram o tema.
“A doação de pele é pouco conhecida e é um assunto extremamente importante, já que a escassez de pele é tão baixa. Acredito que é um assunto que pode acontecer com qualquer pessoa e é extremamente importante por causa disso, porque a gente nunca sabe quando vai ser a nossa vez e muitos queimados. Por exemplo na boate Kiss, tiveram que buscar a pele em outros países, porque no Brasil não tinha suficiente. A gente concluiu que essa falta de pele acontece pela falta de conhecimento, porque as pessoas não sabem como que acontece a retirada da pele e até mesmo não sabem da existência da doação de pele.”
O integrante do grupo Bruno contou que foi necessária muita pesquisa e aprofundamento no assunto. Ele destacou como é feita a doação e quem pode doar.
” A pele, primeiro ela ocorre a retirada e da retirada ela vai para os bancos de pele que tem no Brasil. A partir disso se a gente vier sofrer uma queimadura, os médicos eles poderão entrar em contato e ver a disponibilidade pra estar buscando. Porquê a pele ela pode ajudar muito na recuperação da queimadura, é um curativo que fica por aproximadamente 14 dias e ela já melhora bastante a vida dessas pessoas queimadas. As pessoas que podem doar são pessoas que vierem a óbito e ai então ocorre o processo de retirada, que normalmente sai da parte interna das coxas, na parte de trás das costas e das pernas. E a aparência da cirurgia vai ficar semelhante a uma queimadura de sol.”
A aluna Vitória destacou a felicidade em saber da conquista do prêmio. Ela conta aos risos que soltou um grito no momento do anúncio.
“Foi incrível, é um sentimento de felicidade muito grande. Na hora que estava acontecendo eu não estava em casa, mas estava acompanhando. Eu tava no meio da rua e eu dei um grito, as pessoas ali do lado ficaram “meu deus o que aconteceu”. Eu fiquei realmente muito feliz, porque foi um trabalho muito difícil, todos do grupo se ajudaram muito, foram atrás, correram atrás e foi um sentimento ótimo”.
A professora de língua portuguesa e mestre em Educação, Daiana Correa Vieira foi a orientadora do grupo. Ela ressaltou que o trabalho foi todo desenvolvido de forma online. E, mesmo sendo complexo, os alunos tiveram muita dedicação, por isso, ela orgulha-se muito da equipe.
O EETCS é uma escola pública da rede de ensino, mas por muitos momentos participa de eventos e em grande maioria conquista prêmios. Daiana ressaltou que o incentivo contínuo é o principal diferencial da instituição.
“Isso eu acredito que é uma característica da instituição, da escola técnica de Caxias. Esses projetos de pesquisa já vem sendo incentivados há mais tempo, é uma metodologia da escola e por ser incentivado todos os anos, os alunos acabam se motivando. Cabe a nós professores, coordenação, equipe toda, proporcionar esses momentos de discussão, nesse caso mesmo de forma online, para que os estudantes se interessem pelas diferentes temáticas, elas precisam ser discutidas.”
O professor de física, mestre em educação e ciência, Higor Edmundo Silva de Campos, é o coordenador de seleção dos projetos que vão para mostras na região. Ele ressalta que não é a primeira vez que alunos ganham este prêmio. Ele explica o processo interno pra participar.
“Desde 2019 a gente está com projeto na amostra científica, trabalhando essa ideia da alfabetização científica que é trazer pesquisa científica, investigação, dentro de uma escola de ensino médio. A gente já foi premiado algumas vezes, inclusive em 2019 já havíamos ganhado, este é o segundo prêmio que ganhamos em 2021. Agora eles vão representar a nossa cidade de Caxias do Sul na amostra nacional Febrace, é uma mostra que participa trabalhos do país inteiro, vai ter 500 trabalhos do país inteiro participando.”
A FEBRACE é a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, um movimento criado para estimular a cultura investigativa, a criatividade, a inovação e o empreendedorismo na Educação Básica brasileira. Isso é feito por meio do incentivo à realização de projetos e mostras científicas e tecnológicas nas escolas.
Os alunos vão estar numa fase classificatória que ocorre de forma online em janeiro de 2022. Após, caso classificados, de 22 a 25 de março participam de forma presencial do evento em São Paulo.
Além da Escola
Os alunos, além dos concursos escolares, têm a intenção de expandir o trabalho. Em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul, já deu-se encaminhamento para a equipe produzir uma campanha comunitária para conscientizar a população sobre a doação de pele.
Segundo a orientadora Daiana Vieira as tratativas já estão ocorrendo e em breve as campanhas serão lançadas e divulgas por Caxias do Sul.
Reportagem com cooperação de Luiza Fim.
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