2º Semana do Lixo Zero ocorre no formato híbrido em Caxias do Sul

A semana do Lixo Zero, que ocorre de 22 a 31 de outubro, é um evento colaborativo e voluntário que é adepto em todo Brasil. Só no Rio Grande do Sul, 15 cidades participam ativamente. Em Caxias do Sul o evento teve início no dia 23 de outubro de 2020 e já completou um ano de funcionamento.  O evento no ano passado foi inteiramente online, já neste ano ocorre no formato híbrido.

Motivadas pelo encontro de embaixadores do ILZB (Instituto Lixo Zero Brasil) em março de 2020, as embaixadoras Victoria Reolon de Mello, Débora Leonhardt da Silva e Joice Pinho Maciel criaram o coletivo lixo zero RS e mobilizaram demais cidades do Estado, o que culminou no Primeiro Encontro Digital de Melhores Práticas Lixo Zero do Estado, realizado com participação de 7 cidades (Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Taquara e Passo Fundo), com mais de 11.700 interações online.

O Instituto Lixo Zero é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na disseminação do conceito Lixo Zero no Brasil. O movimento foi fundado em 2010 e tem embaixadores em várias partes do país, como o grupo que esteve na prefeitura.

Conforme Victoria de Mello, embaixadora do coletivo de Caxias, o objetivo é conscientizar a população sobre o número de lixo produzido e como podemos ter boas práticas. Como ela mesma diz, o nosso consumo reflete diretamente na nossa produção de lixo.

“O primeiro passo para a gente entender porque que a gente tá com tanto lixo, é se a gente está tirando muito lixo ou não. É repensar e olhar para o nosso consumo. Uma forma legal de fazer isso é quando não sabemos por onde começar eu sugiro que a pessoa olhe para sua lixeira em casa. A  gente encontra lá, um monte de embalagem alimentos industrializados,  ultra processados congelados. Então tá aí, na hora de consumir eu posso pensar melhor nisso”, conta.

Ao ser questionada sobre a destinação dos recicláveis, a embaixadora aponta deficit’s para reciclagem de alguns materiais. “Alguns materiais são encaminhados para uma empresa de São Paulo para reciclagem, como por exemplo as capsulas de café que são descartadas. Um dos materiais mais problemáticos é o isopor. Das 12 recicladoras do município, apenas uma cooperativa consegue prensar este material, a Belo Horizonte”, conta.

Conforme ela, no Brasil os catadores são responsáveis por 96% da reciclagem. Em Caxias, o movimento Catador Legal é responsável pelo rejeito de 60% dos lixos.

Recentemente uma parceria foi feita com a Prefeitura de Caxias do Sul, o drive-thru solidário, onde é realizada a coleta de resíduos como eletrônicos de pequeno e médio porte (notebook, tv, computador, celular, carregador, tablet, GPS e afins), cápsulas de café, isopor limpo, radiografia, óleo de cozinha saturado, vidros de bebidas, compotas e alimentos não-perecíveis doados aos centros de reciclagem do município, em São Pelegrino.

Para esta semana do Lixo Zero espera-se algumas ações como:

Ecopontos em escolas, para descarte de materiais escolares, como: canetas, que são recolhidas e enviadas para a empresa da Faber Castel. Também livros, que são enviados para Passarte, parceiros da Marcopolo.

No dia 28, ocorre o Dia D sem sacola. No estado inteiro, busca-se engajar os clientes dos supermercados a usarem ecobags, mochilas, bolsa, caixa, evitar as sacolas plásticas. No ano passado o Sindigêneros de Caxias adotou a ideia e contou com o apoio do Andreazza e Multimercados.

Traga Sua Embalagem é outra iniciativa focada em padarias e mercados a granel para evitar embalagens. Assim o consumidor pode levar seus próprios recipientes.

Outra atividade é o Prato Consciente, que estimula o consumidor a evitar o consumo de carne, como já ocorre em alguns restaurantes, como o projeto Segunda Sem Carne. A ideia é oferecer descontos para o público em troca da substituição da carne no prato.

Para conhecer mais sobre o projeto é só acessas as redes sociais do grupo.