Foto: Wellington Frizon / Grupo RSCOM
A 24ª das Surdolimpíadas está chegando nos seus dias finais. Até o momento, foram 12 dias de competição, reunindo mais de 80 países e 4.500 atletas. O evento encerra neste domingo, dia 15.
As delegações chegam em Caxias do Sul e usam os Pavilhões da Festa da Uva como praça surdolimpica, onde os atletas comem, apreciam apresentações, interagem com outras delegações além de realizarem compras. Os jogos são realizados em Caxias do Sul, Flores da Cunha e Farroupilha. Vale destacar que, em 100 anos de existência, esta é a primeira vez que as Surdolimpíadas são realizadas na América Latina, destacando a importância de Caxias do Sul ser a primeira cidade a sedear os jogos.
Nesta quinta-feira (12), a equipe do Jornal Leouve acompanhou o jogo entre França e Alemanha, onde centenas de pessoas estavam prestigiando o jogo. O placar fechou em 3 a 2 para a França, resultado este que colocou a equipe francesa na final da competição do futebol masculino que ocorrerá neste domingo ás 14h, no Estádio Centanário, contra a Ucrânia.
No domingo, último dia, haverá o encerramento das Surdolimpíadas com a maratona, onde terá uma distância aproximada de 42km, e percurso pelo quadrilátero central da cidade. O traçado percorre as ruas Alfredo Chaves, Os Dezoito do Forte, Feijó Júnior, Sinimbu e Angelina Michielon, voltando à Rua Os Dezoito do Forte. O início da competição está agendada para as 8h. Os bloqueios iniciam às 7h e a previsão de liberação para o tráfego é às 14h.
Os competidores completarão a prova após sete voltas no circuito de rua. A largada e chegada serão em uma estrutura que será erguida na Rua Alfredo Chaves, defronte ao Centro Administrativo.
História
Apesar de as modalidades terem adaptações, como sinais luminosos nas piscinas (para dar as largadas) ou bandeiras indicando marcações no futebol, as disputas entre surdos não integram os Jogos Paralímpicos, que são mais recentes (surgiram em 1960). Uma junção entre as entidades responsáveis pelos movimentos já foi proposta, mas não avançou. O aumento significativo no total de competidores na Paralimpíada (que só conseguiria ser equilibrado se alguns esportes fossem retirados) e a necessidade de um número razoável de intérpretes de libras, para diminuir barreiras de comunicação entre atletas com e sem deficiência auditiva, estão entre os entraves.
Curiosamente, os comitês internacionais são, atualmente, presididos por brasileiros. O paralímpico (IPC, na sigla em inglês) tem o carioca Andrew Parsons à frente, enquanto o de surdos (ICSD, na sigla em inglês) é comandado pelo gaúcho Gustavo Perazzolo. Há países onde as entidades nacionais são integradas, como na Ucrânia, líder do quadro de medalhas em Caxias do Sul. Em outros, caso do Brasil, órgãos diferentes gerem os movimentos paralímpico (CPB) e de surdos (CBDS).
A batalha por mais visibilidade e investimento ajuda a entender a diferença no histórico brasileiro nos eventos. Na Paralimpíada, o Brasil está no top-10 do quadro de medalhas há quatro edições. Na Surdolimpíada, as campanhas de destaque são recentes. O primeiro ouro só veio em 2017, na cidade turca de Samsun, com o nadador paulista Guilherme Maia. Ele, aliás, é responsável por sete dos 12 pódios do país desde a estreia, nos Jogos de Sofia (Bulgária), em 1993.
Presente em sete Surdolimpíadas (verão e inverno), seja como atleta ou membro da organização, o presidente do ICSD conversou com a Agência Brasil, por e-mail, sobre os desafios para realização do evento (que, aliás, acontece na terra natal do dirigente) em meio à tensão militar envolvendo Rússia e Ucrânia, o legado esperado para o movimento desportivo surdo e o balanço da participação brasileira nos Jogos. Até esta quinta-feira (12), o Brasil foi ao pódio quatro vezes em Caxias do Sul, com quatro bronzes: dois com Maia, na natação (100 e 200 metros livre), e dois no judô, com Rômulo Crispim (categoria até 66 quilos) e Alexandre Fernandes (até 90 quilos).
Quadro de medalhas
Até o momento desta matéria, a Ucrânia segue líder com 116 medalhas; seguido dos EUA, com 45; Irã com 31 e Japão em 4º com 30 medalhas. O Brasil encontra-se na 41ª posição com três medalhas, todas de bronze.
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