Foto: Nael Rosa / Reprodução
Uma corrente de solidariedade, formada por voluntários de diversas religiões, se uniu em Caxias do Sul para colocar em prática um ensinamento universal: amar ao próximo. Foi nesse espírito que católicos, espíritas, luteranos, evangélicos e fiéis de outras crenças se reuniram em mais uma edição da ação de Páscoa promovida pelo Grupo A Família Internacional e Amigos.
Coordenada por Luís Henrique Velho, de 65 anos, que lidera o movimento na Serra Gaúcha, a ação reuniu cerca de 50 voluntários. O grupo, que atua em todo o Brasil, reforça que não segue uma doutrina ou filosofia religiosa específica.
“Queremos apenas pregar o Evangelho como Jesus ensinou: com amor, sem distinção de pessoas”, destacou Velho, que há 44 anos participa da iniciativa e já esteve envolvido em ações semelhantes em 17 estados brasileiros.
Nesta edição, 1.086 pessoas de 12 comunidades carentes de Caxias do Sul foram beneficiadas. A maioria das atendidas eram crianças, que receberam cachorros-quentes, refrigerantes, pipoca, picolé, algodão-doce e brinquedos, além de 906 kits com alimentos e guloseimas. Tudo foi arrecadado por meio de doações da comunidade.
Velho ressalta que mais importante do que o valor financeiro é o gesto de solidariedade.
“Se você tem uma conta bancária recheada, fica fácil realizar ações como essa, no Natal ou no Dia das Crianças. Mas quando começamos do zero, o sabor da conquista é outro. O que vemos aqui é o resultado da união de dezenas de corações que acreditam na proposta, mesmo em meio a uma sociedade tão complexa e conflitante”, reforçou.
Na cozinha, montada em um espaço cedido pela empresa DGM Embalagens, dezenas de voluntários — incluindo muitos jovens — trabalharam na preparação dos lanches. Entre eles, estava Helen Diana Rodrigues, de 33 anos, que há pelo menos cinco anos reserva parte do feriadão para se dedicar à causa.
“É gratificante ver o sorriso das crianças ao receberem não apenas o alimento, mas também carinho e atenção. Cresci vivenciando ações como essa e hoje faço questão de retribuir”, contou a esteticista.
Outro exemplo de engajamento é Cleonice Nogueira, que há 35 anos participa da ação. Neste ano, ela trouxe mais de 200 pessoas das comunidades Vale da Esperança e de outros dois bairros. O gesto, que começou com ela, já atravessa três gerações da família.
“Minha neta Vitória, que anos atrás vinha no meu colo para ganhar os presentes, hoje me ajudou na organização, assim como a mãe dela, Luciane. É emocionante ver meus netos vivenciando isso”, relatou a dona de casa.
Durante a ação, um gesto simples chamou a atenção de todos. Sheila Juciele de Lima, de 26 anos, moradora do bairro Monte Carmelo, entregou ao coordenador do projeto uma sacola cheia de tampinhas plásticas — coletadas em casa e nas ruas — para serem vendidas em prol de uma ONG que auxilia pessoas com câncer, iniciativa apoiada pelo Grupo A Família Internacional.
“Minha sogra faz hemodiálise, e sei o quanto pequenos gestos podem fazer diferença. Essas tampinhas, que não custam nada para nós, podem ajudar a salvar vidas”, destacou.
REPORTAGEM ESPECIAL: NAEL ROSA
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