Estado

MP combate facção que ameaçava e atribuía falsos crimes a policiais militares no RS

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Centauro no Norte do Estado. A ação visa combater uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas, porte e posse de armas de fogo, homicídios, denunciação caluniosa e lavagem de dinheiro na região.

A facção tinha, como forma de agir, o uso de pessoas vinculadas a ela para fazer falsos comunicados de delitos e infrações disciplinares contra policiais militares de Ronda Alta que atuavam justamente na repressão dos criminosos.

Além da coação às autoridades policiais e demais crimes, os integrantes deste grupo também têm como prática ameaçar os PMs e suas famílias, mediante emprego de violência, e também a população em geral de várias cidades. Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em Ronda Alta, Passo Fundo, Palmeira das Missões e Sarandi. A Justiça ainda autorizou o bloqueio de 25 contas bancárias, incluindo de laranjas. Uma destas contas, em apenas quatro meses entre os anos de 2022 e 2023, movimentou R$ 1,9 milhão.

O coordenador do GAECO no Estado, promotor de Justiça André Dal Molin, destaca:

“O GAECO tem preocupação redobrada em combater facções criminosas que atentem contra integrantes das instituições públicas de segurança, agindo com rigor nesses casos”.

COAÇÃO E TRÁFICO DE DROGAS

A investigação teve início com uma comunicação de ocorrência e pedido de providências encaminhados ao GAECO pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar pelo fato de que PMs estavam sendo coagidos. O objetivo era prejudicar ações ostensivas, principalmente em pontos de tráfico que a facção mantém na região de Ronda Alta.

Pelo menos dois policiais militares foram coagidos com as falsas comunicações de delitos e infrações que levaram a instauração de processos disciplinares de atos que não ocorreram. Em relação ao tráfico em si, a facção, vinculada a uma das maiores organizações criminosas do Estado, é comandada de dentro de presídios e se divide em vários núcleos. Por exemplo, um dos líderes é responsável por gerenciar diversos estabelecimentos comerciais usados como pontos de venda de entorpecentes.

Diego Pereira

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