Polícia Civil conclui que não houve crime na morte de homem na praça central de Canela

A morte de Marcos Vinicius Duarte dos Reis, 48 anos, não tem relação com crime.Essa é a conclusão da Polícia Civil de Canela, que finalizou as investigações sobre o caso.

Conforme informações divulgadas pelo delegado Vladimir Medeiros, o homem foi levado ao Hospital de Caridade de Canela na noite de 27 de julho, um sábado, após ser socorrido pelo Samu. Marcos foi encontrado no chão em um banheiro público localizado na praça central da cidade durante a realização de uma festa.

Atendido naquela noite, foi liberado pelo hospital após exames. Segundo o inquérito, ele apresentava um corte superficial na região da cabeça e reclamava de dores em um dos ombros, mas foi examinado e não apresentava fratura. Na tarde do dia 29 de julho, dois dias após a festa, foi novamente levado às pressas ao hospital, chegando já sem vida, com quadro de parada cardiorrespiratória.

A investigação foi aberta, pois inicialmente a vítima relatava ter sido roubada e agredida por dois homens. Contudo, segundo a investigação, Marcos chegou ao hospital com sua carteira, celular e dinheiro, o que enfraqueceu a versão de crime patrimonial. Posteriormente, chegaram informações de que a vítima havia sido agredida em razão de discussões ocorridas no banheiro da praça. Encaminhado o corpo para realização de necropsia pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), o resultado do exame não indicou a causa da morte como resultante de agressão.

O delegado Vladimir informou que foi dada prioridade na apuração do caso, inclusive com destacamento de policiais civis pela Delegacia Regional de Gramado. Foram ouvidas, formal e informalmente, dezenas de testemunhas, juntados os laudos médico-hospitalares, exames periciais realizados na vítima e buscadas provas para o esclarecimento do fato.
Ao final, o inquérito concluiu que não houve roubo e tampouco agressão à vítima.

A investigação indica que Marcos estava em estado de embriaguez e teria sofrido queda no banheiro da praça naquela noite, circunstância associada a um histórico de desorientação mental, inclusive com alucinações, aponta a Polícia Civil.