Hortênsias

Delegado relata complexidade para identificação de vítimas de acidente aéreo em Gramado

As condições em que foram encontrados os corpos de passageiros do avião que caiu em Gramado, em 22 de dezembro, impõem dificuldades. De acordo com a Polícia Civil, a forma como o acidente ocorreu desafia o processo de identificação das 10 pessoas que estavam na aeronave.

A informação é do delegado regional Gustavo Barcellos que explica que o trabalho se reveste de uma certa complexidade diante das circunstâncias do ocorrido. Ele informa que todos os vestígios e remanescentes humanos estão sendo submetidos a perícia a fim de uma individualização completa das vítimas.

“Isso, por vezes, demanda uma série de técnicas de identificação, que não são tão simples, e até mesmo confrontações. Esse trabalho está sendo realizado com toda presteza possível pelo Instituto-Geral de Perícias”, relata.

Contudo, sem dar uma data específica para a finalização dos trabalhos, ele pondera que a conclusão será realizada dentro do tempo necessário para que se esgotem todas as diligências e recursos para que se tenha uma individualização mais completa possível.

“No adianta dar prazo se os trabalhos precisam ser concluídos e esgotadas todas as medidas”, pontua

O delegado também conta que estão sendo colhidos depoimentos por meio da Delegacia da Polícia Civil de Gramado, busca e análise de imagens e ofício aos demais órgãos que tenham algum tipo de atuação ou investigação relacionada ao fato. Entre eles, o IGP e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que é o órgão especializado na análise e apuração das causas de desastres aéreos no país.

“Então, nesse contexto são diversas frentes desenvolvidas. Estamos aguardando pareceres e perícias desses órgãos técnicos para também poder ao final chegar a alguma conclusão e estabelecer se houve algum tipo de responsabilidade penal”, finaliza.

O acidente

Ao cair sobre a área urbana de Gramado, por volta das 9h13 de domingo do dia 22 de dezembro, o avião do empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, chocou-se contra a chaminé de um edifício, uma casa e uma loja de móveis. Além disso, destroços resultantes do acidente atingiram uma pousada, ferindo hóspedes e funcionários.

Ex-diretor do Grupo Pão de Açúcar e sócio da empresa de consultoria Galeazzi & Associados, o dono do turbo-hélice modelo PA-42-1000, viajava na companhia de outras nove pessoas: sua esposa, Tatiana Natucci Niro; três filhas adolescentes do casal; a sogra de Galeazzi, Lilian Natucci; a cunhada do empresário, Veridiana Natucci Niro; o marido de Veridiana, Bruno Cardoso Munhoz de Guimarães, e os dois filhos pequenos de Veridiana e Bruno. Nenhum dos ocupantes da aeronave sobreviveu. 

Diego Pereira

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