O espírito de união e empatia tomou conta do Impacto Show, em Garibaldi, durante a festa de confraternização de um ano do Grupo Pé na Lama na noite desta sexta-feira (22). O evento, que reuniu mais de 100 voluntários e apoiadores, foi marcado por momentos de celebração e agradecimento. O encontro destaca a força de uma rede de solidariedade que vem transformando vidas nas cidades atingidas pelas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul.
Fundado em 2023, o Grupo Pé na Lama tem como propósito oferecer suporte a comunidades afetadas pelas tragédias climáticas no estado. O projeto arrecada e distribui itens essenciais como água, alimentos, roupas, produtos de higiene, entre outros donativos. Em um ano, a iniciativa de pessoas de Bento Gonçalves e região ganhou força, provando que a solidariedade pode fazer a diferença.
A confraternização contou com shows ao vivo da dupla Vane e Rose Show e do grupo Saudade Serrana que embalaram a noite. Além disso, os participantes puderam desfrutar de um cardápio especial com pizzas, bebidas, docinhos e picolés.
Caroline Josende, uma das criadoras do grupo, explicou que a confraternização teve como objetivo juntar os voluntários em um momento de agradecimento por tudo o que já realizaram desde o início das ações.
“Porque eu sempre digo que sem eles nada seria possível, não adianta ter a doação na mão se não tem pessoas que tem coragem de ir lá na ponta entregar. Pessoas que se dão fazendo kits lá no pavilhão até tarde da noite. De agradecimento a todos eles por tudo que eles fizeram para quem mais precisa e por todos os momentos que eles poderiam estar com a família e com amigos. Eles estão ali se doando para uma outra pessoa”, expressa.
Conforme Caroline, liderar o projeto é desafiador e, além de tudo, requer muita responsabilidade sobre as pessoas, o grupo e as doações. Ela recorda as razões pela criação do projeto.
“O que mais nos motivou, com certeza, foi a necessidade dessas pessoas que tanto precisam lá na ponta, que não tem amparo, porque o Rio Grande do Sul inteiro foi atingido. Antes elas eram atendidas por vizinhos, por amigos, e agora todo mundo foi assolado pela desgraça. E fora o amor que a gente recebe de volta, porque eu sempre digo, a gente doa com uma mão, mas a gente recebe de volta muito carinho”, diz Caroline.
O futuro do grupo
O Grupo Pé na Lama segue mostrando que, mesmo em meio a dificuldades, a união e a generosidade têm o poder de reconstruir não apenas cidades, mas também esperanças. Um dos fundadores do projeto, Edson Rigo, destaca que a equipe já começa a planejar os próximos passos para continuar escrevendo essa história de solidariedade.
A gente vai ter ações de Natal nas áreas atingidas pelas enchentes. Serão quatro festas. Nós vamos levar um cinema na rua mesmo, porque geralmente as pessoas lá não têm mais televisão. Então vamos levar um cinema, um filme brasileiro e natalino. Também, após vai ter a chegada do Papai Noel e distribuição de presentes para as crianças de cidade da região metropolitana, como Eldorado do Sul, a região das ilhas e no Guaíba”, conta.
A festa também serviu para reforçar os laços entre os participantes e mobilizar novas pessoas para se juntarem à causa. De acordo com Edson Rigo, o grupo aceita doações e voluntários.
“Hoje a gente conta com a plataforma do Instagram, que é a que mais a gente recebe mensagens e doações por ali e também por ali existe uma vaquinha solidária que montamos e é aonde a gente obtém os recursos para conseguir fazer mais ações. Muitas pessoas nos chamam e decidem entrar, algumas saem, somos todos voluntários. Quem quiser fazer parte do nosso grupo será muito bem-vindo”, convida Rigo.