Farroupilha

Ligação ao novo esgoto em Farroupilha pode aumentar conta de água em até 70%

Os moradores de alguns bairros de Farroupilha vem convivendo com obras na rede de esgotamento sanitário nas últimas semanas. Um destes bairros é o Cinquentenário, onde conforme dados repassados pela Corsan, cerca de 4 km de obras devem ser concluídos até o mês de junho, sob investimento de R$ 2,1 milhões.

A expansão visa cumprir com as metas do Novo Marco Legal do Saneamento, assinado em 2020. Conforme o documento as cidades devem, até 2033, tratar 90% do esgoto, no entanto apenas 2,2% passa por este processo em Farroupilha atualmente.

Mas a realidade é que mesmo após a realização de audiências públicas, o tema é alvo de dúvidas da população. Com o objetivo de esclarecer alguns pontos destes trabalhos, o Portal Leouve entrevistou o superintendente regional de relações institucionais da Corsan, Lutero Cassol.

Segundo ele, após a empresa terceirizada da Corsan realizar o serviço na rede mestre até os ramais das residências, é o morador que deve fazer a ligação dos canos até a caixa na calçada, para que o esgoto vá até a estação de tratamento, localizada no bairro Santa Catarina.

“De dentro do imóvel até a caixinha que fica na calçada é de responsabilidade do proprietário fazer a ligação. Ele tem que ignorar a fossa-filtro, fazer uma interceptação antes da fossa, elevar o duto e emendar na caixinha, apenas isso, todo o restante da estrutura é de responsabilidade da Corsan”, explicou Cassol.

Obras no bairro Cinquentenário (Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM)

Assim que as residências estiverem aptas a receber a nova ligação, os moradores serão notificados. Vale ressaltar que para os imóveis que estão abaixo do nível da rua, não estarão sendo cobrados pelo novo serviço no primeiro momento, no entanto a situação será revista com o tempo. Para tirar mais dúvidas sobre o processo de conexão, a Corsan disponibiliza este link ilustrativo aos usuários.

O gasto para realizar o processo de ligação é relativo quanto a distância dos canos necessários até a caixinha localizada na calçada. Após ser realizada a notificação, o morador tem 120 dias para fazer o processo.

Períodos de carência e como visualizar o gasto de água na conta

Se o usuário fizer a ligação nos primeiros 30 dias de possibilidade, ele terá isenção nos primeiros quatro meses na tarifa do esgoto. Se o processo for efetuado do 31º ao 60º dia, ganha três meses de carência. Do 61º ao 120º dia de possibilidade, apenas um mês.

Realizada a conexão com os canos e passado o prazo de carência, ocorre então a cobrança pelo novo serviço prestado. Por exemplo, a cada R$ 100 reais consumidos de água, acrescenta-se R$ 70 pelo tratamento do esgoto.

“Não se trata de aumentar a fatura de água, ela permanece a mesma. Toda água que entra em uma residência, 70% do volume volta em forma de esgoto ao meio ambiente. Então fizemos a conta da seguinte forma, se a fatura de água ter o valor de R$ 150, supondo que R$ 50 dela for de taxas, tarifa mensal e outras coisas, e R$ 100 é de consumo de água, ele vai pagar os 70% do valor de consumo, ou seja, R$ 70 para ter um novo serviço, a coleta e tratamento de esgoto”

O consumo exclusivo de água no mês pode ser verificado na conta de água, onde está escrito “Composição dos serviços” e “Valor de água”.

Fatura de água da Corsan (Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM)

Os primeiros bairros de Farroupilha que vão receber as ligações para tratamento de esgoto, além do Cinquentenário, são o Bela Vista, Nova Vicenza, Belvedere, São Roque, Cruzeiro e Santa Catarina.

Como acontece o tratamento do esgoto e investimento estimado pela Corsan

Na primeira etapa do tratamento do esgoto, os sólidos grosseiros são removidos, como papéis, plásticos, e também a areia e gordura. Além disso, ocorre a sedimentação para remover os sólidos suspensos. Posteriormente, os microrganismos biodegradam o esgoto. Por fim, os poluentes específicos são removidos e a água é devolvida ao meio ambiente, como em rios ou lagos, com os parâmetros adequados.

Até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.

Eduardo Garcia

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