Durante debate em Farroupilha, vice-reitor da UFRGS estima que campus na Serra deva contemplar até 600 estudantes

A Câmara de Vereadores de Farroupilha promoveu, na manhã desta terça-feira (29), um debate sobre os cursos que devem fazer parte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra Gaúcha. A presença da reitora da instituição, Márcia Barbosa, estava prevista, no entanto, por conta de um resfriado, ela não se fez presente.

As aulas devem iniciar no antigo Campus 8 da Universidade de Caxias do Sul (UCS), já em 2026. Por conta disso, existem movimentos de análise para definição dos cursos que estarão disponíveis. O encontro foi mediado pelo vereador Juliano Baumgarten (PSB).

O vice-reitor da UFRGS, Pedro de Almeida Costa, que participou do debate, detalhou que o encontro está inserido em uma agenda de atividades para ouvir as demandas da comunidade.

“A gente tem uma comissão interna trabalhando desde o final de 2024, e esta comissão está trabalhando em uma fase de organização interna das propostas de cursos, da viabilidade financeira e pedagógica para ir fazendo negociações internas com as unidades de Porto Alegre, para identificar as possibilidades de ofertas de cursos e carreiras aqui na Serra”, frisou ele.

O vice-reitor estimou a quantidade de alunos e cursos que a Universidade Federal deve contemplar num primeiro momento.

“Estamos com uma estimativa de aproximadamente 500 a 600 estudantes, distribuindo pelo número médio de atendimentos em cursos para otimizar as instalações, daria para ser cerca de seis cursos, com o conjunto de edificações, equipamentos, pensando também nos espações estudantis, restaurante universitário. Talvez este número seja o mais viável”, disse Pedro de Almeida Costa.

Segundo ele, um conjunto de variáveis é montado para estudar a viabilidade de um campus, como as situações econômica, demandas sociais e a capacidade interna de organizar as ofertas.

Sobre a instalação da UFRGS no Campus 8, ele informou como estão os trâmites no momento e citou até a possibilidade de expansão futura no local, caso tudo seja definido de forma positiva.

“Ainda tem alguns trâmites que a gente precisa cumprir. Antes da Universidade fazer a aquisição de um prédio, ela precisa se certificar com a Secretaria de Patrimônio da União de que não há outras edificações públicas na região que tivessem essa capacidade que por lei essa é a prioridade”, disse.

A acessibilidade quanto ao transporte dos estudantes até a Universidade também tem sido um dos fatores de preocupação das organizações.

“O que a gente ainda tem como análise, e a visita de hoje também passa por empresas de ônibus, é a viabilidade em termos de transporte de acesso. Este é um fator crucial de manutenção de estudantes, estamos enfrentando isso hoje em Porto Alegre, onde quando o custo do transporte urbano, o tempo de deslocamento gera ao estudante um incômodo e a capacidade de comparar com ofertas de cursos de educação a distância, tem sido decisivo nos processos de evasão”, afirmou o vice-reitor.

Ainda não há uma definição dos cursos que devem estar disponíveis aos alunos, por conta disso mapeamentos são realizados para verificar as principais procuras pelos alunos da região.

“A gente tem algumas demandas. O ingresso via vestibular, a inscrição no vestibular, a gente consegue mapear pelo CEP por exemplo o que os estudantes da Serra estão procurando nos últimos quatro anos, ai a gente tem um dimensionamento das grandes áreas que são procuradas”, explicou.

Estiveram presentes no encontro, além do vice-reitor da UFRGS, Pedro de Almeida Costa, o prefeito de Farroupilha Jonas Tomazini (MDB), o vereador Juliano Baumgarten, o presidente da Câmara de Vereadores Jorge Cenci (MDB), representantes das áreas da educação e transporte, além de alunos dos terceiros anos do ensino médio dos colégios estaduais São Tiago e Olga Ramos Brentano.