Comunidade marista perde o Irmão Nadir Bonini

Irmão Nadir era conhecido pela autoridade sem deixar de ser afável

A comunidade marista do Rio Grande do Sul perdeu nesta quarta-feira (8) uma de suas maiores expressões. Morreu em Porto Alegre aos 89 anos o irmão Nadir Bonini Rodrigues.

Também conhecido, por seu tipo físico, como Irmão Bolinha – apelido que não o incomodava – além de professor Bonini Rodrigues foi diretor da escola Marista Aparecida em Bento Gonçalves. Na cidade viveu em duas ocasiões e nela esteve por 34 anos. Bonini Rodrigues era respeitado pela inteligência, austeridade e educação.

O velório ocorrerá na quinta-feira (9), na Vila Marista, em Viamão, a partir das 18h. Antes, às 10h, haverá missa de corpo presente.

A ex-professora e dirigente do Simpro, Cláudia Schiedeck, testemunha que jamais ouviu do irmão Bolinha qualquer ato ríspido. “Ele era autoridade sem deixar de ser afável e agradável”.

Foi professor de filosofia, educação religiosa, história e Geografia. Conforme a jornalista Patrícia Larentis, ex-aluna, ele conseguia prender a atenção de alunos numa idade difícil que é a da adolescência, para temas complexos como a filosofia. “Era cativante”, resume.

Nas redes sociais, o Colégio Marista Aparecida manifestou pesar. Em nota, destacou que Bolinha “marcou gerações pela sua atuação, postura, inteligência e inovação.”

Nascido na cidade de Rio Grande, passou a estudar na rede marista a partir da quinta série naquela cidade. Em 1956 assumiu como professor da segunda série do primário no Colégio Rosário, na Capital, ao mesmo tempo em que iniciou estudos na faculdade de História da PUC. Chegou em Bento Gonçalves pela primeira vez em 1957 aos 23 anos para lecionar. O cargo de diretor do Colégio Marista ele exerceu em breve período no ano de 1962. Depois seria diretor novamente entre 1968 e 1969 e posteriormente de 1975 a 1983. Retornou ainda a Bento Gonçalves no período de 1988 e 1995, para mais uma vez estar à frente do Colégio Marista.

Além de ter lançado vários livros, o irmão Bolinha, em reconhecimento à sua dedicação, recebeu o título de cidadão Honorário de Bento Gonçalves.

Leon Sanguiné