As visitas domiciliares de atualização no cadastro do Bolsa Família, em Caxias do Sul, começaram em novembro do ano passado. O trabalho é realizado pela equipe da Fundação de Assistência Social (FAS).
A ação também serve para identificar situações de famílias consideradas em situação de pobreza e de extrema pobreza. Atualmente, elas somam 13.821 na cidade. O dado é o resultado de 8.464 identificadas na categoria mais vulnerável. São aquelas famílias em que a renda total dividida pelo número de pessoas da casa vai até R$ 109.
Já aquelas que são consideradas em situação de pobreza. Neste caso, estão enquadradas as famílias onde a renda média da família vai de R$ 109,01 a R$ 218,00, totalizam 5.357.
Cancelamentos
Segundo a FAS, até a última quinta-feira (30) foram feitas 194 visitas domiciliares em todos os bairros da cidade. Elas resultaram no cancelamento de 127 cadastros por problemas como inconsistência nos dados informados, pessoas que não residem mais em Caxias ou famílias que ultrapassaram a renda máxima estipulada nas regras do programa. Os dados representam que 65,46% das visitas realizadas resultaram no cancelamento do benefício.
A expectativa é de que o número de cancelamentos em razão de irregularidades aumente nos próximos meses. Isso porque o presidente da FAS, Samuel de Avilla, anunciou que a equipe técnica que faz as visitas será dobrada. Dois novos servidores se somarão às duas profissionais que atualmente desenvolvem o trabalho.
CadÚnico
Ainda de acordo com o resultado das visitas, até dezembro do ano passado, 84.744 pessoas estavam inscritas no Cadastro Único de Caxias do Sul. O dado representa um aumento de 30% em relação a 2020, quando totalizavam 64.391.
Na avaliação do diretor de Benefícios Sociais e Transferência de Renda da FAS, Rafael Zucco, o aumento ainda é reflexo da pandemia.
“Em 2020, com a crise decorrente da pandemia, muitas famílias fizeram a inscrição no Cadastro Único para conseguirem receber o Auxílio Emergencial. Quando encerrou esse auxílio, as famílias não receberam mais nenhum benefício, mas o cadastro continua lá. Pelas regras do Governo Federal, um cadastro pode ser excluído depois de 48 meses de sem atualização”, analisa Rafael.