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Mudanças no reembolso via Pix para vítimas de fraudes são anunciadas pelo Banco Central

Atualmente, ao sofrer um golpe, o cliente tem até 80 dias para contatar a instituição financeira usada na transação. No entanto, a devolução do valor está condicionada ao saldo disponível na conta do criminoso

Mudanças no reembolso via Pix para vítimas de fraudes são anunciadas pelo Banco Central Mudanças no reembolso via Pix para vítimas de fraudes são anunciadas pelo Banco Central Mudanças no reembolso via Pix para vítimas de fraudes são anunciadas pelo Banco Central Mudanças no reembolso via Pix para vítimas de fraudes são anunciadas pelo Banco Central
(Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
(Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central anunciaram, nesta quinta-feira (13), que o sistema de reembolso via Pix para vítimas de fraudes sofrerá alterações significativas. Batizado de MED 2.0, o desenvolvimento de melhorias para o Mecanismo Especial de Devolução (MED) está programado para ocorrer em 2024 e 2025, com implantação prevista para 2026.

Histórico e funcionamento atual do MED

Lançada em 2021, a ferramenta MED oferece às vítimas de estelionato e outros tipos de golpe a possibilidade de recuperar o dinheiro enviado via Pix para o fraudador. Atualmente, ao sofrer um golpe, o cliente tem até 80 dias para contatar a instituição financeira usada na transação. No entanto, a devolução do valor está condicionada ao saldo disponível na conta do criminoso, que frequentemente distribui o dinheiro entre outras contas para evitar a recuperação.

Melhorias previstas no MED 2.0

Com o MED 2.0, a ferramenta deverá aprofundar suas capacidades, rastreando e atingindo outras contas ligadas ao autor do golpe. Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, destaca que “a Febraban acredita que o MED 2.0 será um avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes, possibilitando também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”.

Desafios e estatísticas

Segundo uma pesquisa da empresa de tecnologia Silverguard, apenas uma a cada dez vítimas consegue recuperar total ou parcialmente o valor perdido. Um dos desafios apontados é o desconhecimento da ferramenta, conhecida por apenas 10% da população. As melhorias previstas para o MED 2.0 visam não apenas aumentar a eficiência na recuperação de valores, mas também ampliar a divulgação e o uso do mecanismo entre os usuários.