Brasil

Consórcio de caminhões sobe mais de 200%, em 20 meses

Aumenta procura por consórcios de caminhões no Brasil
Foto: Reprodução

O aumento da demanda pelo transporte rodoviário de carga no País animou os transportadores. Com isso, muitos optaram pelo consórcio para renovar suas frotas. De acordo com última pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), o consórcio de veículos pesados cresceu mais de 215% em 20 meses.

Os números foram colhidos entre março de 2021 e outubro de 2022 e registram aumento na procura pela modalidade por parte dos brasileiros. Ainda de acordo com a ABAC, houve um aumento de 73% na aquisição de cotas e um crescimento de 13,5% em créditos comercializados de janeiro a novembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2021.

A associação informa que a alta está diretamente ligada ao reaquecimento da economia. Sobretudo de setores como agronegócio, construção civil e mineração.

Em 2022, a taxa de juros subiu muito. Atualmente, a Selic, que norteia a maior parte dos contratos de empréstimo, está em 13,75%. Assim, houve impacto direto nas operações de crédito, como CDC e Finame, as modalidades mais utilizadas na compra de caminhões.

Por sua vez, no consórcio não há cobrança de juros. Da mesma forma, em geral as taxas administrativas são relativamente baixas. Como resultado, o consórcio passou a ser ainda mais atrativo.

Mercado aquecido

O transporte por rodovias predomina no Brasil e representa 65% do sistema logístico nacional. Acompanhando o crescimento dos consórcios de veículos pesados, há ainda o bom desempenho da venda de implementos rodoviários, trazendo perspectivas positivas para 2022.

Do ponto de vista das indústrias, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), o crescimento será de 12% até o final deste ano, ou seja, dois pontos percentuais acima dos 10% projetados no início de 2022.

De acordo com a pesquisa da ABAC, dos consorciados contemplados, ao longo dos 20 meses, 56,6% tiveram por objetivo a ampliação de suas frotas, enquanto 43,4% optaram pela renovação dela.