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Viva com Saúde – 26/10/2024 – Obesidade pode impedir substituição de uma articulação

No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre problemas da obesidade.

Dilemas de pacientes obesos que não encontram médicos para realizar cirurgia de substituição de articulação estão agitando a medicina ortopédica à medida que os níveis de obesidade aumentam, e com eles a artrite. O que os ortopedistas devem fazer quando confrontados com pacientes cujo IMC índice de massa corporal é muito alto?

Embora a ciência do índice de massa corporal seja frequentemente criticada, os médicos dizem que os riscos de operar pacientes com IMCs que se enquadram nos níveis altos de obesidade podem ser graves, incluindo infecções profundas na articulação protética que podem levar a amputações e até à morte. E os riscos aumentam à medida que o IMC do paciente aumenta.

As organizações profissionais —a Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos e a Associação Americana de Cirurgiões de Quadril e Joelho— não têm limites rígidos de IMC para operações, mas os ortopedistas têm os seus próprios.

Em uma pesquisa publicada no ano passado, menos da metade dos cirurgiões ortopédicos disseram que operariam um paciente com IMC acima de 40 —mais de 22 milhões de adultos americanos se enquadravam nessa categoria em 2017-18. Apenas 11% operariam um dos 3,9 milhões de americanos com IMC acima de 50. E pacientes com IMC acima de 55 seriam rejeitados quase em todos os lugares. Apenas 3% dos ortopedistas nos EUA operariam.

E mesmo que um médico esteja disposto a operar, os seguradores frequentemente se recusam a pagar. Os hospitais também podem recusar esses pacientes, que tendem a precisar de estadias mais longas e mais cuidados e são considerados prejuízos financeiros.

Em questão está um dilema ético: é realmente correto substituir as articulações de pacientes que são severamente obesos? E quem deve tomar essa decisão? Os médicos dizem que há uma verdadeira luta para equilibrar as necessidades dos pacientes com seu compromisso com a ética médica.

Os cirurgiões dizem que percebem que a presença ou ausência de outras doenças crônicas, como diabetes, pode afetar o risco. Mas, eles observam, o IMC é um fator de risco independente, então eles o usam, e dizem que estão cientes dos riscos de operar pessoas que estão com obesidade.

https://api.soundcloud.com/tracks/1940350923
Patricia Larentis

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