Estudantes de enologia de Bento Goçalves, da Fronteira Oeste e de Santa Catarina, fizeram o serviço do vinho | Foto: Gerson Lenhard/Grupo RSCOM
Vinhos tintos considerados promissores e brancos refrescantes, que logo estarão nas prateleiras, foram revelados na noite de sábado (20), durante a 32.ª Avaliação Nacional de Vinhos, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Enólogos, sommeliers, jornalistas e apreciadores do Brasil, Espanha e Uruguai degustaram 16 amostras selecionadas previamente num painel que espelha a safra brasileira de 2024.
A noite teve mensagens de saudação à coragem dos gaúchos e empreendedores do setor que não esmoreceram com perdas causadas pelas chuvas de maio. Da mesma forma, a gratidão ao restante do povo brasileiro que auxiliou os gaúchos em um momento de dificuldades extremas.
As homenagens prosseguiram com o troféu “Vitis, Amigo do Vinho” e também revelaram a grandeza, destemor e coragem investigativa assim como empreendedora de dois personagens que se confundem com a evolução do setor nos últimos 40 anos.
O primeiro homenageado é Benildo Perini, da Vinícola Perini. Uma história de perseverança iniciada com o pai e com o estímulo da mãe. Perini começou vendendo vinhos de garrafão embarcado em sua camionete e evoluiu a ponto de hoje ter uma bem estruturada vinícola em Farroupilha até a aquisição num passado recente da instalações da Martini e Rossi, no centro de Garibaldi.
O segundo laureado foi o engenheiro agrônomo Murilo de Albuquerque Regina. Pesquisador mineiro, é doutor e pós-doutor em Viticultura e Enologia pela Université de Bordeaux e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais. Ele foi presidente da Associação Brasileira de Produtores de Vinhos de Inverno, tendo pesquisado o sistema de dupla poda com ciclo invertido. Em seu agradecimento Murilo refletiu:
“Os produtores de vinho foram desafiados a melhorar a qualidade de seus produtos e para tanto era preciso avançarmos na pesquisa. Nos últimos 30 anos a pesquisa na viticultura fez o seu papel e entregamos soluções para que o vinho brasileiro chegasse no estágio de qualidade de hoje”.
Nesta edição, foram inscritas 472 amostras das 67 vinícolas de sete estados brasileiros, além das 16 do Distrito Federal, 15 da Bahia, uma de Goiás, três do Paraná, 408 do Rio Grande do Sul, oito de Santa Catarina e 18 de São Paulo. O trabalho de Degustação de Seleção coube a 90 enólogos que avaliaram às cegas os vinhos, seguindo normas estabelecidas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
O presidente da ABE, Ricardo Morari destacou a alegria por poder ter realizado a edição da Avaliação num eno de extrema dificuldade para o Rio Grande do Sul e mesmo com o aeroporto Salgado Filho ainda fechado.
“Em 32 anos de Avaliação pudemos comprovar a evolução dos vinhos nacionais e ao mesmo tempo a diversidade de castas e regiões produtoras no país. Diversidade de vinhos como talvez em nenhum outro liugar do mundo se consiga”, analisa Morari.
O resultado foi apresentado ao grande público no sábado,19. Ao final da degustação foram divulgadas as amostras dos 30% de vinhos classificados como os mais representativos da Safra 2024.
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