Caxias do Sul

Procurador-Geral do Município explica procedimentos da sindicância aberta envolvendo servidores da prefeitura de Caxias do Sul

Operação da Polícia Civil investiga possíveis ilegalidades que envolvem licitações. Procuradoria-Geral do Município também apura internamente o caso

Procurador-Geral do Município explica procedimentos da sindicância aberta envolvendo servidores da prefeitura de Caxias do Sul
Foto: Prefeitura de Caxias/ Divulgação


Uma operação da Polícia Civil que está investigando possíveis ilegalidades que envolvem licitações na Prefeitura de Caxias do Sul, acabou com o afastamento por 60 dias de quatro servidores municipais e de um Cargo de Confiança, que já foi exonerado pelo prefeito Adiló Didomenico (PSDB).

Em entrevista ao programa Bom dia Trabalhador, da Rádio Viva, o procurador-geral do Município, Adriano Tacca, explicou que no início desta semana uma comunicação interna relatou o fato atípico. Acrescentou que de imediato foi determinado por ele a instauração de um procedimento de sindicância para investigação. Tacca afirmou que o levantamento interno de algumas informações delineou o fato e demonstrou a necessidade de uma apuração mais a fundo.

Ele esclareceu que diante de certos casos é de praxe a comunicação para a Polícia Civil. Nesse sentido, informou que são duas as frentes, uma apuração interna sobre a atuação dos servidores e do Cargo de Confiança, e outra de investigação junto a polícia. Contudo, pontou que se trata de uma investigação ainda preliminar e que é comum fazer a suspensão dos servidores no período de apuração e que eles terão o direito de ampla defesa.

Esclareceu também que se ao fim do processo, caso seja entendido que houve infração administrativa, será aberto um processo administrativo disciplinar que pode ter três encaminhamentos: advertência, suspensão ou demissão dos servidores.

Ele garantiu que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) sempre está atenta a todas as situações e que são inúmeras as sindicâncias abertas, todas elas concluídas de forma céleres e com servidores suspensos e demitidos quando há a comprovação que incorreram com alguma infração administrativa. “Temos número expressivo de servidores demitidos por ocasião de sindicâncias. Claro que não é divulgado por é algo interno, mas quem acompanha o Diário Oficial pode ver que a PGM está atuando firmemente nessas questões“, garantiu.

Informações iniciais repassadas pela polícia relatam que os suspeitos estariam beneficiando com informações privilegiadas uma empresa especializada em assessoria de licitações. No entanto, a informação não foi confirmada pelo procurador que disse preferir evitar alguma nulidade futura no processo, uma vez que os envolvidos ainda não foram notificados.

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