Vinícius Zabot dos Santos, 21 anos, foi indiciado pela Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) por tentativa de homicídio qualificada contra o soldado Christian Pretto, 32 anos, após o protesto contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em Caxias, na noite do dia 31 de agosto.
Na ocasião, o jovem chutou a cabeça do policial durante uma confusão em que seu pai, o advogado Mauro Rogério Silva dos Santos, 51 anos, também agrediu o sargento Paulo Roberto da Silva Wentz, 45, com uma cabeçada.
De acordo com o delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da DHD, Vinícius foi indiciado pelo crime, de maneira qualificada, por ser contra um agente público de segurança.
Com base nas investigações e nas imagens disponíveis, o delegado também indiciou o advogado Mauro Rogério. Este, por lesão corporal grave, além de desobediência e resistência.
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Vídeos de câmeras de segurança da rua Dr. Montaury, que mostram toda a abordagem policial, foram anexados ao inquérito que será entregue na tarde desta segunda-feira, dia 12, ao poder judiciário.
Um áudio que vazou do whatsapp, onde Zabot teria falado sobre como foi sua passagem na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics), no tempo que ficou preso (menos de 24 horas), também foi anexado ao indiciamento.
Contra os policiais da Brigada Militar envolvidos no fato, nenhuma acusação foi feita. Segundo Kegler, não houve conduta ilícita na área comum por parte dos PM’s. A investigação interna, militar, segue a cargo da BM.
O advogado Mauro Rogério Silva dos Santos pode ser indiciado, ainda, por denunciação caluniosa, por afirmar em entrevista a um jornal da cidade que o delegado plantonista Ives Trindade, teria visto e permitido que ele fosse torturado dentro da delegacia de polícia civil. A 1ª DP investiga as acusações.
