Caxias do Sul

Centenas de fieis acompanham Celebração da Paixão do Senhor na Catedral Diocesana de Caxias do Sul

Devido ao mau tempo, a procissão do Cristo Morto foi realizada no interior da Catedral

(Foto: Diocese de Caxias do Sul)
(Foto: Diocese de Caxias do Sul)


A Sexta-feira Santa (07) foi marcada por diversos momentos que relembram o verdadeiro sentido da Páscoa: o amor de Cristo pela humanidade. Em Caxias do Sul, alguns eventos ocorreram pela manhã e pela tarde. O marco da manhã foi a encenação das 14 estações da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Houve também uma caminhada de 240 metros, nos Pavilhões da Festa da Uva. Já durante a tarde, a procissão do Cristo Morto precisou ser cancelada, mas isso não impediu os fieis de acompanharem a celebração de dentro da Catedral Diocesana de Caxias do Sul. Segundo a organização, mais de 1 mil pessoas estiveram no interior da igreja.

Foto: Luca Roth/Grupo RSCOM

A Celebração da Paixão do Senhor, ato de recordação, foi presidida por Dom José Gislon. Logo ao iniciar a Celebração, o bispo e os padres Volnei Vanassi e Tiago Camozzato, pároco e vigário da Catedral, se prostraram diante do altar e da cruz, sendo que esta estava envolta em panos vermelhos. Realizadas as leituras bíblicas do Servo Sofredor e da carta aos Hebreus, que recorda a fé no Cristo morto e do canto do Salmo, em forma de diálogo aconteceu a proclamação da Paixão, com o texto do evangelho de João, que recorda a entrega, a condenação e morte de Jesus.

Durante a tarde, a procissão marcada para iniciar às 15h em frente a Catedral Diocesana precisou ser cancelada, devido ao mau tempo. Mesmo com a chuva, os fieis fizeram o possível para estarem na Catedral acompanhando a homilia, onde posteriormente, os fieis chegaram perto do Cristo Morto e fizeram suas preces em um ato de emoção.

Em sua reflexão, Dom José recordou a liturgia da Palavra proclamada durante a Celebração da Paixão. O bispo explicou cada um dos gestos, com o da prostração diante da cruz de Jesus. “Queremos revelar ao mundo, como a morte do Messias não escondeu, mas revelou, a obra de Deus. Olhando para a cruz de Cristo, sabemos que ele compreende o nosso medo e nossa dor, mas também podemos experimentar a salvação que vem a nós. Deus não nos salva nos humilhando, com o seu ser Deus, mas com a sua humildade, que assumiu e sofreu nossa violência. Nós é que precisamos nos converter à sua humildade.

Foto: Diocese de Caxias do Sul

Rosa Mari Bussoi, de 61 anos, uma fiel que estava fazendo suas preces junto ao altar, salientou que sempre participa da celebração. “Sempre rezo por todos e pela família, pela paz no mundo, pela saúde. São os bons sentimentos assim que podemos levar para os filhos também. É bonito participar e ter fé, eu acho muito lindo”.

Sempre que possível, a família de Roberto Maciel de Lima participa das celebrações que antecedem a Páscoa. O fiel relata a motivação para estar presente todos os anos. “É um sentimento de renovar a fé, tempo de oração. O motivo das nossas preces é pela humanidade, pela fraternidade, pela saúde e paz. E agradecer também, por tudo que temos de bom na vida”.

Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM