Agro Rural

Retorno das chuvas possibilita aumento da produtividade na apicultura gaúcha

Há bons registros de coleta de mel

Retorno das chuvas possibilita aumento da produtividade na apicultura gaúcha
(Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar)


O retorno das chuvas beneficiou as floradas e possibilitou o aumento da produtividade em diversos locais. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, há bons registros de coleta de mel, que já finalizou em diversas regiões os cultivas da apicultura.

Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, ainda há relato de baixa disponibilidade de pasto apícola e de água para as abelhas. Em alguns municípios, o corte de eucalipto em muitas áreas de plantio provocou uma redução significativa dos locais utilizados pelos produtores que realizam a apicultura migratória.

Na região de Soledade, as chuvas favorecem as floradas da época, as quais estavam com certo atraso. Espécies como ingá, aroeira, eucalipto e, até mesmo, as pitangueiras apresentam flores fora de época. Na de Caxias do Sul, a entrada de néctar nas colmeias continua de maneira desuniforme entre as localidades do município; há regiões de boa produção de mel e outras com pouca. Na de Erechim, a sequência de dias nublados e chuvosos dificultou a ação das abelhas campeiras na busca por néctar e pólen. A colheita do mel prossegue, e a produção média é de 20 kg/cx.

Na região de Pelotas, as chuvas não atrapalharam a movimentação das abelhas e melhoraram a disponibilidade de floradas. Muitos apicultores relatam que a colheita está satisfatória. Na de Ijuí, a colheita segue em ritmo normal; há boa produtividade das colmeias e bom número de operárias. Na de Porto Alegre, segundo relatos, 80% da colheita já foi realizada. Na da Santa Maria, a produtividade do mel está acima do esperado, conforme os apicultores de São Vicente do Sul, a média é de 20kg/cx. Na de Santa Rosa há relato de melhora dos resultados da colheita de mel, com registro de 11,5 kg de mel em média por melgueira.

Piscicultura

As chuvas aumentaram os níveis de água dos tanques, açudes e dos reservatórios, melhorando as condições para criação dos peixes. Neste período, os piscicultores começam a se organizar para as feiras de peixes, que ocorrem em abril.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, as precipitações propiciaram uma boa renovação da água dos tanques. Na de Ijuí, as chuvas garantiram a estabilização do nível dos reservatórios, ampliando os níveis de água, mas não o suficiente para reverter o baixo volume nos tanques. Houve redução da mortalidade de peixes e a retomada lenta do aumento de fornecimento de alimentos para finalizar o crescimento dos animais.

Na região de Porto Alegre, a falta de chuvas mais volumosas ainda traz problemas, pois não há reposição completa dos reservatórios. Na de Santa Rosa, as chuvas melhoraram a taxa de oxigenação dos açudes, mas, em muitos locais, prossegue a necessidade do uso de aeradores.

Pesca artesanal

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, em Rio Grande, os pescadores continuam a realizar a captura do camarão na Lagoa dos Patos; há relato de que a safra, até o momento, está dentro da expectativa. Já em Pelotas e em São Lourenço do Sul, o camarão é capturado em poucas quantidades, além de apresentar tamanho reduzido. Em São José do Norte, ocorre a captura principalmente de corvina e da tainha.

Na Lagoa Mirim, é período de safra da traíra, porém o registro é de pouca captura. O Rio Jaguarão ainda está assoreado, e a Lagoa Mirim também se encontra com nível de água muito reduzido; há certos locais que não é possível a navegação. Em Tavares, ainda não há atividade pesqueira na Lagoa do Peixe, apenas na Lagoa dos Patos.

Na de Santa Rosa, o Rio Uruguai continua em condições precárias para a pesca artesanal. Os pescadores relatam que a elevação do nível do rio causou transtornos nas áreas de deposição de alimentos para piava, afugentando os cardumes e dificultando, ainda mais, a pesca.

 

Com informações: Emater