Carlos Barbosa, Nova Roma do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Veranópolis, Garibaldi, Caxias do Sul, entre outras cidades da Serra Gaúcha, figuram entre os principais municípios na atualização 2016 do ranking de Índice de Desenvolvimento Econômico, o Idese, divulgado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Para avaliar a evolução ou queda de cada cidade, o estudo leva em consideração três principais categorias: educação, saúde e renda, ambos divididos por blocos com referência ao quantitativo populacional.
Em aspecto geral, o estado apresenta um crescimento de 0,34% em relação ao ano anterior do levantamento. O resultado foi de 0,754. Entre os três blocos do Idese, a educação foi a que apresentou maior avanço relativo, de 1,73%, alcançando a marca de 0,710 em 2016. Em segundo lugar, o Bloco Saúde, que já apresentava o maior patamar absoluto (nível elevado desde o ano de 2009), apresentou índice de 0,819 em 2016, o que representa um avanço de 0,26% sobre a base de 2015 (0,817). O Bloco Renda, por sua vez, foi o único a apresentar retração, mantendo uma tendência agregada que já se apresentava no ano anterior, ainda que, em menor intensidade. Com um índice de 0,732 em 2016, a queda ficou em 0,89% sobre 2015, acumulando cerca de 4,0% de retração nos últimos dois anos da série, desempenho condizente.
Carlos Barbosa
Pelo sétimo ano consecutivo na série do Idese, Carlos Barbosa, na região da Serra, figura na liderança do índice geral do Idese para os municípios, com 0,884, desempenho levemente superior ao de 2015 (0,879), mas ainda inferior ao seu ápice, de 2014 (0,892). O desempenho do Município explica-se pelos altos índices no Bloco Renda, em que detém o segundo melhor desempenho do Estado (0,913), enquanto os Blocos Educação (0,829) e Saúde (0,909) figuram na sexta e 12.ª colocações respectivamente.
Bento Gonçalves
Já entre os municípios com mais de 100 mil habitantes do Rio Grande do Sul, Bento Gonçalves é a grande “campeã”. A capital do vinho está à frente de Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Erechim, nesta ordem, no “Top 5” dos municípios. Muito do índice positivo para os bento-gonçalvenses é relativo ao bloco saúde. Para o secretário municipal da pasta, Diogo Segabinazzi Siqueira,
“É uma grande satisfação. A gente sabe que dentro de qualquer Secretaria de Saúde a gente tem enormes dificuldades, mas começamos a ver que muitos pontos positivos do nosso trabalho, da gestão da saúde, acabam aparecendo. Isso se reflete em qualidade de vida, qualidade de saúde e investimento no setor. Temos setores específicos para algumas determinadas áreas. Cuidados com as gestantes, a primeira-infância, idosos, uma descentralização grande. Um trabalho forte para que não falte mais remédio. A gente está fazendo um trabalho para zerar a fila de todas especialidades. Hoje, um beneficiário do SUS em Bento Gonçalves, não precisa esperar mais de 45 dias para conseguir uma consulta eletiva em qualquer especialidade. Isso gera tranquilidade para o servidor e para o cidadão”, diz Siqueira.
Nova Roma do Sul
Pela terceira vez, a cidade de Nova Roma do Sul é a mais bem colocada no ranking Idese no bloco saúde. A cidade serrana é destaque com um índice de 0,933. Observando os sub-blocos do município, percebe-se que, embora tenha ótimos indicadores de longevidade e saúde materno-infantil, é nas condições gerais de saúde que Nova Roma do Sul se destaca, liderando com taxas de óbitos por causas evitáveis ou mal definidas bem abaixo da média.
De acordo com o prefeito de Nova Roma, Douglas Favero Pasuch, é uma honra e uma alegria figurar mais uma vez como destaque em saúde a nível estadual.
Notícias Relacionadas
“É uma alegria muito grande. Eu acho que a gente deve isso ao investimento forte que é feito na área da saúde, ao trabalho das pessoas que executam seu trabalho, e na pessoa do nosso secretário da saúde que está há 11 anos à frente da pasta. A continuidade do trabalho, junto da equipe, fez que alcancemos este resultado. E, claro, a participação da comunidade. Então, estamos de parabéns”, salienta.
Farroupilha
Das cidades de 20 mil até 100 mil habitantes em 2016, a Serra Gaúcha “domina” o Top 5: Carlos Barbosa, Veranópolis, Garibaldi, Ijuí (única fora da região) e Farroupilha são os grandes destaques. Conforme o prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, a união da comunidade e o trabalho de reconstrução são peças-chave para evolução.
“Nós estamos coroando um trabalho que começou em 2013 do resgate de Farroupilha. Agradecemos a comunidade de Farroupilha, pelo seu trabalho, envolvimento e entrega das pessoas. Não só as de raízes italianas, mas os 65% de imigrantes que vieram por trabalho, renda. Isso fez com que tivéssemos desenvolvimento diferenciado na região, sendo a 20ª economia gaúcha. Também apresentando desempenho importante na educação, na sociedade como um todo, na saúde, infraestrutura e mobilidade, enfim”, reforça.
Coredes
Os índices apurados para os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) permitem uma visão regional mais ampla do território gaúcho. Entre as 28 regiões, apenas dois Coredes apresentaram índices de desenvolvimento altos pelo Idese: Serra (0,815) e Noroeste Colonial (0,814). Por outro lado, com exceção do Corede Litoral (0,710), cujas características sazonais são muito particulares, Campanha (0,712), Jacuí-Centro (0,703), Sul (0,698), Fronteira-Oeste (0,696) e Centro-Sul (0,691) apresentaram os piores desempenhos regionais e constituem, geograficamente, a quase totalidade do que historicamente se convencionou chamar de Metade Sul do RS, cujos problemas socioeconômicos persistem por décadas.
