Bento Gonçalves

Delegada quer Centro de Referência para atender menores vítimas de abuso sexual

Delegada quer Centro de Referência para atender menores vítimas de abuso sexual


O dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes transcorre em 18 de maio, sábado e vem para chamar a atenção da sociedade para uma situação que se repete de maneira muito séria e próxima a todos. “Esquecer é permitir, lembrar é combater” é o slogan que está sendo propagado e que em Bento Gonçalves ganhou a voz segura da delega Deise Salton Brancher Ruschel. Na segunda-feira ela esteve na Câmara de Vereadores, onde por 15 minutos ocupou a tribuna.

As ações transcorreram durante a semana e seguirão neste sábado com uma “blitz do bem” BR 470 com a participação da Polícia Rodoviária Federal. As ações querem engajar as pessoas apelando para que elas “façam bonito”, protegendo crianças e adolescentes e denunciando sempre que houver suspeita de agressões contra os menores.

A delegada, que participa do Comitê Municipal de Enfrentamento das violências contra Crianças e adolescentes no município, chama a atenção para a falta de um Centro de Referência para as vítimas de abuso. Ela entende que criar este Centro é vital para um atendimento mais adequado e é enfática ao afirmar que as vítimas de abuso não podem estar prestando depoimento em mais de uma instância. Para ela não é justo que a vítima precise relatar a agressão na delegacia, no Conselho Tutelar e no âmbito do do posto de saúde. Isto é vitimizar novamente quem sofreu a agressão”.

Neste sentido estão sendo fortalecidas as redes de assistência para que ninguém trabalhe sozinho. “Estamos treinando o atendimento para que seja dado o encaminhamento correto de quem sofreu o abuso”.

A delegada entende que o Comitê tem conseguido fazer um bom trabalho no aspecto da prevenção e coloca ao dispor de quem deseja denunciar suspeitas de abusos o Disque 100. A identidade do informante será preservada. Ali[as ele nem precisa se identificar.

Porque em 18 de maio

A data de 18 de maio se origina em 1973. Foi neste dia que a menina Araceli foi sequestrada, drogada, espacada, torturada e morta por membros de uma tradicional família do Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois completamente desfigurado e os autores jamais foram punidos.