Comportamento

"O hospital São Carlos não vai fechar", diz secretária da saúde

"O hospital São Carlos não vai fechar", diz secretária da saúde


Um dos assuntos mais discutidos em Farroupilha nos últimos dias, é o fechamento ou não do Hospital Beneficente São Carlos. Com uma dívida que passa dos R$ 38 milhões, um déficit mensal de cerca de R$ 961 mil, a casa de saúde vive uma situação delicada, e a ameaça de fechar as portas é real. Porém a secretária de Saúde do Município, Rosane da Rosa, afirmou na manhã desta segunda-feira, dia 26, que descarta qualquer possibilidade de fechamento do Hospital São Carlos.

Secretária Rosane da Rosa. Foto: Adroir Fotógrafo

“Se depender de mim não irá fechar, a prefeitura é parceira do hospital e vamos trabalhar para manter nosso São Carlos funcionando, até porque ele é referencia para 12 municípios da região. Sabemos que a situação é delicada, mas estamos apoiando a direção para que possamos amenizar essa crise financeira”, salientou.

Com relação ao adiantamento de R$ 1 milhão do repasse anual de R$ 13 milhões proposto pela prefeitura, e o desconto que iria acontecer nesse mês, a secretária disse que a prefeitura irá protelar esse desconto para o final do ano.

“Vamos protelar esse desconto lá para o final do ano, e vamos acompanhar a evolução da produção. Estamos em constante trabalho junto com a nova direção e sabemos dos bons resultados obtidos em um curto espaço de tempo, então vamos deixar esse desconto lá para o fim do ano ajudando ainda mais o nosso hospital”, destaca.

A Crise financeira e as grandes dividas são o principal motivo para atual situação que o hospital está passando, inclusive com o risco de fechamento. De acordo com os números apresentados em uma reunião promovida pela Câmara de Industria, Comércio e Agronegócios (Cics) na semana passada, o hospital tem mais de R$ 12 milhões de dividas vencidas, R$ 23 milhões de dívidas renegociadas, um conjunto de ações de R$ 1,5 milhões e um bloqueio mensal de R$ 70 mil. Os maiores débitos são com bancos e com impostos. Ainda segundo o relatório apresentado, o endividamento maior começou no ano de 2014 e de lá para cá só aumentou.